Solos de textura leve no Mato Grosso: desafios na agropecuária.

Solos de textura leve são considerados os que possuem, até a profundidade de 150 cm, distribuição de frações granulométricas nas classes texturais areia e areia franca e/ou francoarenosa, conforme a definição de textura constante em Santos et al. (2013a). Abrange principalmente solos nas ordens dos Neossolos Quartzarênicos e Latossolos psamíticos e seus intermediários. Solos de textura leve ocupam uma área significativa do território brasileiro, do sul ao norte do país e, ao se considerar somente os Neossolos Quartzarênicos, representam cerca de 20% da área do Bioma Cerrados, em especial nas áreas de fronteira agrícola (MS, MT, MA, TO, PI e BA). Esses solos estão classificados dentro de uma mesma classe sem diferenciação com relação à granulometria ou à natureza da areia, principalmente Latossolos e Argissolos. A exploração agrícola, pecuária e florestal nestes solos tem causado, em alguns locais, a rápida degradação das terras. Tem sido constatada a ocorrência de erosão severa, de compactação superficial e subsuperficial, de encharcamento e da dispersão da fração argila do solo, com a consequente perda por carreamento ou eluviação, o aumento da coesão do solo em baixas e médias umidades, a perda da capacidade produtiva e o carreamento de sedimentos para os cursos de água (Spera et al., 1999). Solos de textura leve têm limitações ao uso agrícola, como baixa fertilidade natural (baixos teores de nutrientes, baixa CTC, baixo pH, eventual toxidez por alumínio em subsuperfície e baixo teor de matéria orgânica), baixa capacidade de retenção de água e alta suscetibilidade à erosão hídrica e eólica (Macedo et al., 1998). Em contrapartida, ocorrem em amplas áreas mecanizáveis, de relevo plano e suave ondulado, e a correção da fertilidade é relativamente fácil. No Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, a granulometria é usada como um dos principais atributos para a distinção de classes de solos. Dentre as classes de solo do SiBCS, somente os Neossolos Quartzarênicos são estritamente definidos como tendo textura arenosa (classe textural areia ou areia franca) em todos os horizontes até, no mínimo, a profundidade de 150 cm da superfície do solo ou até um contato lítico (Santos et al., 2013b).

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Main Authors: SPERA, S. T., DONAGEMMA, G. K., VIANA, J. H. M., COELHO, M. R., MAGALHÃES, C. A. de S., LEITE SOBRINHO, J. B. P., TORRES, G. N.
Other Authors: SILVIO TULIO SPERA, CPAMT
Format: Parte de livro biblioteca
Language:pt_BR
pt_BR
Published: 2019-01-13
Subjects:Solo de textura leve, Latossolos vermelhos distróficos psamíticos, Mato grosso, Campo Verde-MT., Neossolo quartzarênico órtico, Sinop-MT, Agricultura, Textura do Solo, Latossolo Vermelho., Latossolo Distrófico,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1103776
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spelling dig-alice-doc-11037762019-08-06T01:12:00Z Solos de textura leve no Mato Grosso: desafios na agropecuária. SPERA, S. T. DONAGEMMA, G. K. VIANA, J. H. M. COELHO, M. R. MAGALHÃES, C. A. de S. LEITE SOBRINHO, J. B. P. TORRES, G. N. SILVIO TULIO SPERA, CPAMT JOÃO BENEDITO PEREIRA LEITE SOBRINHO, SEPLAN-MT GILMAR NUNES TORRES, UFMT, Cuiaba. CIRO AUGUSTO DE SOUZA MAGALHAES, CPAMT JOAO HERBERT MOREIRA VIANA, CNPMS MAURICIO RIZZATO COELHO, CNPS GUILHERME KANGUSSU DONAGEMMA, CNPS Solo de textura leve Latossolos vermelhos distróficos psamíticos Mato grosso Campo Verde-MT. Neossolo quartzarênico órtico Sinop-MT Agricultura Textura do Solo Latossolo Vermelho. Latossolo Distrófico Solos de textura leve são considerados os que possuem, até a profundidade de 150 cm, distribuição de frações granulométricas nas classes texturais areia e areia franca e/ou francoarenosa, conforme a definição de textura constante em Santos et al. (2013a). Abrange principalmente solos nas ordens dos Neossolos Quartzarênicos e Latossolos psamíticos e seus intermediários. Solos de textura leve ocupam uma área significativa do território brasileiro, do sul ao norte do país e, ao se considerar somente os Neossolos Quartzarênicos, representam cerca de 20% da área do Bioma Cerrados, em especial nas áreas de fronteira agrícola (MS, MT, MA, TO, PI e BA). Esses solos estão classificados dentro de uma mesma classe sem diferenciação com relação à granulometria ou à natureza da areia, principalmente Latossolos e Argissolos. A exploração agrícola, pecuária e florestal nestes solos tem causado, em alguns locais, a rápida degradação das terras. Tem sido constatada a ocorrência de erosão severa, de compactação superficial e subsuperficial, de encharcamento e da dispersão da fração argila do solo, com a consequente perda por carreamento ou eluviação, o aumento da coesão do solo em baixas e médias umidades, a perda da capacidade produtiva e o carreamento de sedimentos para os cursos de água (Spera et al., 1999). Solos de textura leve têm limitações ao uso agrícola, como baixa fertilidade natural (baixos teores de nutrientes, baixa CTC, baixo pH, eventual toxidez por alumínio em subsuperfície e baixo teor de matéria orgânica), baixa capacidade de retenção de água e alta suscetibilidade à erosão hídrica e eólica (Macedo et al., 1998). Em contrapartida, ocorrem em amplas áreas mecanizáveis, de relevo plano e suave ondulado, e a correção da fertilidade é relativamente fácil. No Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, a granulometria é usada como um dos principais atributos para a distinção de classes de solos. Dentre as classes de solo do SiBCS, somente os Neossolos Quartzarênicos são estritamente definidos como tendo textura arenosa (classe textural areia ou areia franca) em todos os horizontes até, no mínimo, a profundidade de 150 cm da superfície do solo ou até um contato lítico (Santos et al., 2013b). 2019-08-06T01:11:53Z 2019-08-06T01:11:53Z 2019-01-13 2019 2019-08-16T11:11:11Z Parte de livro In: FARIAS NETO, A. L. de; NASCIMENTO, A. F. do; ROSSONI, A. L.; MAGALHÃES, C. A. de S.; ITUASSU, D. R.; HOOGERHEIDE, E. S. S.; IKEDA, F. S.; FERNANDES JUNIOR, F.; FARIA, G. R.; ISERNHAGEN, I.; VENDRUSCULO, L. G.; MORALES, M. M.; CARNEVALLI, R. A. (Ed.). Embrapa Agrossilvipastoril: primeiras contribuições para o desenvolvimento de uma agropecuária sustentável. Brasília, DF: Embrapa, 2019. pt. 1, cap. 5, p. 52-60. http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1103776 pt_BR pt_BR openAccess
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Solos de textura leve no Mato Grosso: desafios na agropecuária.
description Solos de textura leve são considerados os que possuem, até a profundidade de 150 cm, distribuição de frações granulométricas nas classes texturais areia e areia franca e/ou francoarenosa, conforme a definição de textura constante em Santos et al. (2013a). Abrange principalmente solos nas ordens dos Neossolos Quartzarênicos e Latossolos psamíticos e seus intermediários. Solos de textura leve ocupam uma área significativa do território brasileiro, do sul ao norte do país e, ao se considerar somente os Neossolos Quartzarênicos, representam cerca de 20% da área do Bioma Cerrados, em especial nas áreas de fronteira agrícola (MS, MT, MA, TO, PI e BA). Esses solos estão classificados dentro de uma mesma classe sem diferenciação com relação à granulometria ou à natureza da areia, principalmente Latossolos e Argissolos. A exploração agrícola, pecuária e florestal nestes solos tem causado, em alguns locais, a rápida degradação das terras. Tem sido constatada a ocorrência de erosão severa, de compactação superficial e subsuperficial, de encharcamento e da dispersão da fração argila do solo, com a consequente perda por carreamento ou eluviação, o aumento da coesão do solo em baixas e médias umidades, a perda da capacidade produtiva e o carreamento de sedimentos para os cursos de água (Spera et al., 1999). Solos de textura leve têm limitações ao uso agrícola, como baixa fertilidade natural (baixos teores de nutrientes, baixa CTC, baixo pH, eventual toxidez por alumínio em subsuperfície e baixo teor de matéria orgânica), baixa capacidade de retenção de água e alta suscetibilidade à erosão hídrica e eólica (Macedo et al., 1998). Em contrapartida, ocorrem em amplas áreas mecanizáveis, de relevo plano e suave ondulado, e a correção da fertilidade é relativamente fácil. No Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, a granulometria é usada como um dos principais atributos para a distinção de classes de solos. Dentre as classes de solo do SiBCS, somente os Neossolos Quartzarênicos são estritamente definidos como tendo textura arenosa (classe textural areia ou areia franca) em todos os horizontes até, no mínimo, a profundidade de 150 cm da superfície do solo ou até um contato lítico (Santos et al., 2013b).
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