Gestão e controle das atividades em sistemas integrados de produção iLPF.

Os sistemas integrados de produção agropecuária iLPF tem o objetivo de mudar o método de uso tradicional e/ou extensivos de monocultivo da terra, visando elevar os patamares de qualidade do produto, qualidade ambiental e produtividade e este modelo tem ampliado cada vez mais suas áreas. Aspectos relacionados a melhor capacidade de uso do solo, otimização de produção e de mão de obra e maquinário, são apontados como potenciais benefícios desses modelos de exploração agropecuária. Além disso, por se aproveitar do maquinário ou mesmo da mão de obra que fica ociosa durante a época do ano em que não ocorrem atividades agrícolas, a pecuária, ou ainda os cultivos florestais integrados, se beneficiam do ?know How? do uso das maquinas e equipamentos nessas culturas. Além de aperfeiçoar as atividades, a mecanização agrícola é atualmente uma necessidade, tendo em vista a redução de trabalhadores no campo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2005 e 2012 houve uma queda de 16% da mão de obra no campo, consequentemente houve um aumento da população urbana, ocasionando um aumento na produção de alimentos. Com a crescente demanda por alimentos, a intensificação do uso de máquinas foi a principal impulsora da produção agrícola brasileira nos últimos anos, o que propiciou uma melhora no rendimento no campo, aplicação de insumos com maior precisão (devido às novas tecnologias) e plantio e colheita mais ágeis, o que viabilizou a produção de mais de uma safra por ano, em algumas regiões, e supriu a redução dos trabalhadores rurais no Brasil. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Acompanhamento..., 2017), o Brasil deve colher aproximadamente 221 milhões de grãos na safra 16/17, representando um aumento de mais de 70% em uma década. Porém, no mesmo período a expansão da área de cultivo foi de apenas 16%, isso demonstra que a crescente produtividade das lavouras (da ordem de 45%, na mesma comparação) ocorreu, essencialmente, devido aos investimentos realizados em insumos e máquinas agrícolas. Para Herrero et al. (2010), o futuro da alimentação do planeta está, agora, em tecnologias de intensificação sustentável que promovam ganhos de eficiência para se produzir mais alimentos sem que se use mais área, água ou outros insumos. Segundo FAO (2012?) citado por análises da Céleres (2014), com base em dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil em 2012 atingiu a média de 11 tratores por mil hectares de área produtiva (considerada a área arável e as culturas permanentes), ainda muito abaixo do indicador verificado em países desenvolvidos, como Estados Unidos (27 tratores por mil hectares em 2009) e a Alemanha (82 tratores por mil hectares em 2009). Dentro desse contexto, visando a otimização do uso de recursos, o objetivo desse trabalho é investigar como estão distribuídas as atividades num sistema de integração lavoura ? pecuária - floresta, e identificar onde existe a possibilidade de compartilhamento do maquinário e mão de obra, e onde essas atividades estão sobrepostas.