Efeito da irradiação ultravioleta C no controle de Aspergillus flavus link da castanha-do-brasil.

A castanha-do-brasil, produto do extrativismo vegetal não madeireiro, importante para a economia e exportação nacional, tem apresentado alta taxa de contaminação por fungos toxigênicos, em especial o Aspergillus flavus, que sintetiza a aflatoxina, apresentando potencial carcinogênico. Este trabalho teve como objetivo avaliar o controle de A. flavus e de outros contaminantes bacterianos e bolores em castanha-do-brasil pelo uso da irradiação ultravioleta C (UVC). Foram realizados dois experimentos, sendo que no primeiro avaliou-se a eficiência da irradiação UVC no controle de contaminantes naturais presentes em castanhas in natura, sem ter passado por nenhum tratamento pós-colheita, enquanto que no segundo experimento as castanhas passaram por uma esterilização prévia com óxido de etileno, sendo em seguida inoculadas com o A. flavus. Avaliaram-se as doses de 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 e 5,0 kJm-2. Depois da irradiação as castanhas permaneceram em repouso por 24 h e, em seguida, foram trituradas e plaqueadas, e avaliadas após 72 h de incubação. O delineamento foi inteiramente casualizado com 11 repetições. Com relação à contaminação bacteriana, todas as doses de irradiação avaliadas diferiram significativamente da testemunha. O melhor controle foi obtido na dose de 3 kJ m-2, em torno de 73%. Para bolores as doses de 4 e 5 kJ m-2 foram eficientes no controle, sendo que a dose de 5 kJ m-2 apresentou um controle ao redor de 51% de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) de fungos contaminantes. Em castanhas artificialmente inoculadas observou-se um controle completo de A. flavus a partir da dose se 1,0 kJ m-2. Conclui-se que a irradiação UVC é viável no controle de A. flavus em castanha-do-brasil. Brazil nut, product of non-timber plant extractivism, important product for the national economy and exports, has shown a high rate of contamination by toxigenic fungi, especially Aspergillus flavus, which synthesizes aflatoxin, presenting carcinogenic potential. The objective of this work was to evaluate the control of A. flavus and other fungal and bacterial contaminants in Brazil nuts using ultraviolet C (UVC) irradiation. Two experiments were carried out. The first one evaluated the efficiency of UVC irradiation to the control of natural contaminants present in natura nuts, without having undergone any post-harvest treatment, whereas in the second experiment the nuts underwent previous sterilization with ethylene oxide, and then inoculated with A. flavus. The doses of 1.0; 2.0; 3.0; 4.0 and 5.0 kJ m-2 were evaluated. After irradiation the nuts were storaged for 24 h and then powdered and plated, and after being evaluated after 72 h incubation. The trials were laid out in completely randomized design with 11 replications. Regarding bacterial contamination, all evaluated doses differed significantly from the control. The best result was obtained at the dose of 3 kJ m-2, around 73%. For molds, the doses of 4 and 5 kJ m-2 were efficient, and the dose of 5 kJ m-2 showed a reduction around 51% of Colony Forming Units (CFU) of contaminating fungi. In artificially inoculated nuts the UV-C irradiation promoted a complete control of A. flavus from the dose if 1.0 kJ m-2. It was concluded that UVC irradiation is feasible in the control of A. flavus in Brazil nuts.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: KONDA, E. T., CARTAXO, C. B. da C., SOUZA, C. S. M., ESCHIONATO, R. A., TERAO, D.
Other Authors: ERICA TIEMI KONDA, FAJ; CLEISA BRASIL DA CUNHA CARTAXO, CPAF-Acre; CAROLINE DOS SANTOS MENDES DE SOUZA, FAJ; RAQUEL ANDRADE ESCHIONATO, FAJ; DANIEL TERAO, CNPMA.
Format: Separatas biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2018-01-05
Subjects:Contaminação microbiana, Controle alternativo, UVC, Microbiological contamination, Castanha do brasil., Aflatoxina, Controle físico, Raio ultravioleta, Bertholletia Excelsa., Aflatoxins, Physical control, Ultraviolet radiation.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1084356
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id dig-alice-doc-1084356
record_format koha
institution EMBRAPA
collection DSpace
country Brasil
countrycode BR
component Bibliográfico
access En linea
databasecode dig-alice
tag biblioteca
region America del Sur
libraryname Sistema de bibliotecas de EMBRAPA
language pt_BR
por
topic Contaminação microbiana
Controle alternativo
UVC
Microbiological contamination
Castanha do brasil.
Aflatoxina
Controle físico
Raio ultravioleta
Bertholletia Excelsa.
Aflatoxins
Physical control
Ultraviolet radiation.
Contaminação microbiana
Controle alternativo
UVC
Microbiological contamination
Castanha do brasil.
Aflatoxina
Controle físico
Raio ultravioleta
Bertholletia Excelsa.
Aflatoxins
Physical control
Ultraviolet radiation.
spellingShingle Contaminação microbiana
Controle alternativo
UVC
Microbiological contamination
Castanha do brasil.
Aflatoxina
Controle físico
Raio ultravioleta
Bertholletia Excelsa.
Aflatoxins
Physical control
Ultraviolet radiation.
Contaminação microbiana
Controle alternativo
UVC
Microbiological contamination
Castanha do brasil.
Aflatoxina
Controle físico
Raio ultravioleta
Bertholletia Excelsa.
Aflatoxins
Physical control
Ultraviolet radiation.
KONDA, E. T.
CARTAXO, C. B. da C.
SOUZA, C. S. M.
ESCHIONATO, R. A.
TERAO, D.
Efeito da irradiação ultravioleta C no controle de Aspergillus flavus link da castanha-do-brasil.
description A castanha-do-brasil, produto do extrativismo vegetal não madeireiro, importante para a economia e exportação nacional, tem apresentado alta taxa de contaminação por fungos toxigênicos, em especial o Aspergillus flavus, que sintetiza a aflatoxina, apresentando potencial carcinogênico. Este trabalho teve como objetivo avaliar o controle de A. flavus e de outros contaminantes bacterianos e bolores em castanha-do-brasil pelo uso da irradiação ultravioleta C (UVC). Foram realizados dois experimentos, sendo que no primeiro avaliou-se a eficiência da irradiação UVC no controle de contaminantes naturais presentes em castanhas in natura, sem ter passado por nenhum tratamento pós-colheita, enquanto que no segundo experimento as castanhas passaram por uma esterilização prévia com óxido de etileno, sendo em seguida inoculadas com o A. flavus. Avaliaram-se as doses de 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 e 5,0 kJm-2. Depois da irradiação as castanhas permaneceram em repouso por 24 h e, em seguida, foram trituradas e plaqueadas, e avaliadas após 72 h de incubação. O delineamento foi inteiramente casualizado com 11 repetições. Com relação à contaminação bacteriana, todas as doses de irradiação avaliadas diferiram significativamente da testemunha. O melhor controle foi obtido na dose de 3 kJ m-2, em torno de 73%. Para bolores as doses de 4 e 5 kJ m-2 foram eficientes no controle, sendo que a dose de 5 kJ m-2 apresentou um controle ao redor de 51% de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) de fungos contaminantes. Em castanhas artificialmente inoculadas observou-se um controle completo de A. flavus a partir da dose se 1,0 kJ m-2. Conclui-se que a irradiação UVC é viável no controle de A. flavus em castanha-do-brasil. Brazil nut, product of non-timber plant extractivism, important product for the national economy and exports, has shown a high rate of contamination by toxigenic fungi, especially Aspergillus flavus, which synthesizes aflatoxin, presenting carcinogenic potential. The objective of this work was to evaluate the control of A. flavus and other fungal and bacterial contaminants in Brazil nuts using ultraviolet C (UVC) irradiation. Two experiments were carried out. The first one evaluated the efficiency of UVC irradiation to the control of natural contaminants present in natura nuts, without having undergone any post-harvest treatment, whereas in the second experiment the nuts underwent previous sterilization with ethylene oxide, and then inoculated with A. flavus. The doses of 1.0; 2.0; 3.0; 4.0 and 5.0 kJ m-2 were evaluated. After irradiation the nuts were storaged for 24 h and then powdered and plated, and after being evaluated after 72 h incubation. The trials were laid out in completely randomized design with 11 replications. Regarding bacterial contamination, all evaluated doses differed significantly from the control. The best result was obtained at the dose of 3 kJ m-2, around 73%. For molds, the doses of 4 and 5 kJ m-2 were efficient, and the dose of 5 kJ m-2 showed a reduction around 51% of Colony Forming Units (CFU) of contaminating fungi. In artificially inoculated nuts the UV-C irradiation promoted a complete control of A. flavus from the dose if 1.0 kJ m-2. It was concluded that UVC irradiation is feasible in the control of A. flavus in Brazil nuts.
author2 ERICA TIEMI KONDA, FAJ; CLEISA BRASIL DA CUNHA CARTAXO, CPAF-Acre; CAROLINE DOS SANTOS MENDES DE SOUZA, FAJ; RAQUEL ANDRADE ESCHIONATO, FAJ; DANIEL TERAO, CNPMA.
author_facet ERICA TIEMI KONDA, FAJ; CLEISA BRASIL DA CUNHA CARTAXO, CPAF-Acre; CAROLINE DOS SANTOS MENDES DE SOUZA, FAJ; RAQUEL ANDRADE ESCHIONATO, FAJ; DANIEL TERAO, CNPMA.
KONDA, E. T.
CARTAXO, C. B. da C.
SOUZA, C. S. M.
ESCHIONATO, R. A.
TERAO, D.
format Separatas
topic_facet Contaminação microbiana
Controle alternativo
UVC
Microbiological contamination
Castanha do brasil.
Aflatoxina
Controle físico
Raio ultravioleta
Bertholletia Excelsa.
Aflatoxins
Physical control
Ultraviolet radiation.
author KONDA, E. T.
CARTAXO, C. B. da C.
SOUZA, C. S. M.
ESCHIONATO, R. A.
TERAO, D.
author_sort KONDA, E. T.
title Efeito da irradiação ultravioleta C no controle de Aspergillus flavus link da castanha-do-brasil.
title_short Efeito da irradiação ultravioleta C no controle de Aspergillus flavus link da castanha-do-brasil.
title_full Efeito da irradiação ultravioleta C no controle de Aspergillus flavus link da castanha-do-brasil.
title_fullStr Efeito da irradiação ultravioleta C no controle de Aspergillus flavus link da castanha-do-brasil.
title_full_unstemmed Efeito da irradiação ultravioleta C no controle de Aspergillus flavus link da castanha-do-brasil.
title_sort efeito da irradiação ultravioleta c no controle de aspergillus flavus link da castanha-do-brasil.
publishDate 2018-01-05
url http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1084356
work_keys_str_mv AT kondaet efeitodairradiacaoultravioletacnocontroledeaspergillusflavuslinkdacastanhadobrasil
AT cartaxocbdac efeitodairradiacaoultravioletacnocontroledeaspergillusflavuslinkdacastanhadobrasil
AT souzacsm efeitodairradiacaoultravioletacnocontroledeaspergillusflavuslinkdacastanhadobrasil
AT eschionatora efeitodairradiacaoultravioletacnocontroledeaspergillusflavuslinkdacastanhadobrasil
AT teraod efeitodairradiacaoultravioletacnocontroledeaspergillusflavuslinkdacastanhadobrasil
_version_ 1756024210871812096
spelling dig-alice-doc-10843562018-01-05T23:24:42Z Efeito da irradiação ultravioleta C no controle de Aspergillus flavus link da castanha-do-brasil. KONDA, E. T. CARTAXO, C. B. da C. SOUZA, C. S. M. ESCHIONATO, R. A. TERAO, D. ERICA TIEMI KONDA, FAJ; CLEISA BRASIL DA CUNHA CARTAXO, CPAF-Acre; CAROLINE DOS SANTOS MENDES DE SOUZA, FAJ; RAQUEL ANDRADE ESCHIONATO, FAJ; DANIEL TERAO, CNPMA. Contaminação microbiana Controle alternativo UVC Microbiological contamination Castanha do brasil. Aflatoxina Controle físico Raio ultravioleta Bertholletia Excelsa. Aflatoxins Physical control Ultraviolet radiation. A castanha-do-brasil, produto do extrativismo vegetal não madeireiro, importante para a economia e exportação nacional, tem apresentado alta taxa de contaminação por fungos toxigênicos, em especial o Aspergillus flavus, que sintetiza a aflatoxina, apresentando potencial carcinogênico. Este trabalho teve como objetivo avaliar o controle de A. flavus e de outros contaminantes bacterianos e bolores em castanha-do-brasil pelo uso da irradiação ultravioleta C (UVC). Foram realizados dois experimentos, sendo que no primeiro avaliou-se a eficiência da irradiação UVC no controle de contaminantes naturais presentes em castanhas in natura, sem ter passado por nenhum tratamento pós-colheita, enquanto que no segundo experimento as castanhas passaram por uma esterilização prévia com óxido de etileno, sendo em seguida inoculadas com o A. flavus. Avaliaram-se as doses de 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 e 5,0 kJm-2. Depois da irradiação as castanhas permaneceram em repouso por 24 h e, em seguida, foram trituradas e plaqueadas, e avaliadas após 72 h de incubação. O delineamento foi inteiramente casualizado com 11 repetições. Com relação à contaminação bacteriana, todas as doses de irradiação avaliadas diferiram significativamente da testemunha. O melhor controle foi obtido na dose de 3 kJ m-2, em torno de 73%. Para bolores as doses de 4 e 5 kJ m-2 foram eficientes no controle, sendo que a dose de 5 kJ m-2 apresentou um controle ao redor de 51% de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) de fungos contaminantes. Em castanhas artificialmente inoculadas observou-se um controle completo de A. flavus a partir da dose se 1,0 kJ m-2. Conclui-se que a irradiação UVC é viável no controle de A. flavus em castanha-do-brasil. Brazil nut, product of non-timber plant extractivism, important product for the national economy and exports, has shown a high rate of contamination by toxigenic fungi, especially Aspergillus flavus, which synthesizes aflatoxin, presenting carcinogenic potential. The objective of this work was to evaluate the control of A. flavus and other fungal and bacterial contaminants in Brazil nuts using ultraviolet C (UVC) irradiation. Two experiments were carried out. The first one evaluated the efficiency of UVC irradiation to the control of natural contaminants present in natura nuts, without having undergone any post-harvest treatment, whereas in the second experiment the nuts underwent previous sterilization with ethylene oxide, and then inoculated with A. flavus. The doses of 1.0; 2.0; 3.0; 4.0 and 5.0 kJ m-2 were evaluated. After irradiation the nuts were storaged for 24 h and then powdered and plated, and after being evaluated after 72 h incubation. The trials were laid out in completely randomized design with 11 replications. Regarding bacterial contamination, all evaluated doses differed significantly from the control. The best result was obtained at the dose of 3 kJ m-2, around 73%. For molds, the doses of 4 and 5 kJ m-2 were efficient, and the dose of 5 kJ m-2 showed a reduction around 51% of Colony Forming Units (CFU) of contaminating fungi. In artificially inoculated nuts the UV-C irradiation promoted a complete control of A. flavus from the dose if 1.0 kJ m-2. It was concluded that UVC irradiation is feasible in the control of A. flavus in Brazil nuts. 2018-01-05T23:24:35Z 2018-01-05T23:24:35Z 2018-01-05 2017 2018-01-05T23:24:35Z Separatas In: CONGRESSO INTERINSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 11., 2017, Campinas. Anais... Campinas: Instituto Agronômico, 2017. Nº 17416. 978-85-7029-141-7 http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1084356 pt_BR por openAccess p. 1-9