Fusariose em bananeira maçã (Musa aab) em São Paulo: solos e estado nutricional das plantas.

"Maçã" (AAB) é a cultivar de bananeira que alcança as maiores cotações no mercado brasileiro, entretanto sua produção tem a fusariose (Fusarium oxysporum f. sp. cubense) como maior limitante. Esta doença tem obrigado os produtores a migrar para locais sem cultivo anterior de banana ou substituí-la por cultivares mais resistentes, porém são menos rentáveis. Por meio de um levantamento de campo realizado em duas regiões do Planalto Paulista (Penápolis-PN e Marinópolis-MN), avaliaram-se atributos químicos (pH, C orgânico, P, K, Ca, Mg, B, Cu, Fe, Mn e Zn) e físicos (granulometria, porosidade, densidade e resistência à penetração) do solo e o estado nutricional das plantas (teores foliares de N, P, K, Ca, Mg, B, Cu, Fe, Mn e Zn) em áreas com alta (F+) e baixa (F-) incidência de fusariose. Os solos das áreas F+ e F- não apresentaram diferenças significativas em relação à fertilidade. Destacam-se os baixos teores de Ca, Mg e de K, assim como acidez elevada e baixa saturação por bases observados na região de PN que são características comumente observadas em solos conducivos à doença. A densidade do solo assim como a resistência à penetração foram mais altas nas áreas F+, indicando que estas condições podem favorecer a fusariose. As plantas nas áreas F+ apresentaram K foliar mais baixo do que nas F-. Como o teor foliar N manteve-se constante ou apresentou leve aumento nas áreas F+, a relação K:N foi significativamente menor nesta condição. As características físicas e químicas dos solos de áreas afetadas, bem como a avaliação do estado nutricional das plantas, podem servir como subsídio para estratégias de manejo do solo visando minimizar o impacto da doença.