Roças e florestas em assentamentos ambientalmente diferenciados na Amazônia: reflexões para uma agroecologia no PDS Virola Jatobá.

No atual contexto de contraste entre o crescente foco global sobre o ambiente e a decrescente atenção à reforma agrária, camponeses em assentamentos ambientalmente diferenciados são compelidos a experiências de produção que levem a menores índices de desmatamento. Lançadas sem o devido protagonismo dos sujeitos locais e sem efetivo suporte, essas propostas de alternativas produtivas, a exemplo do manejo florestal comunitário e sistemas agroflorestais, enfrentam dificuldades para serem adotadas pelo campesinato amazônico. Cientes das concretas condições envolvidas, camponeses da Transamazônica persistem com sua tradicional roça de corte-e-queima, a despeito das atuais restrições legais e do próprio ecossistema em suas atuais condições. Refletir sobre a Reforma Agrária e a agricultura almejada nos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) requer uma análise da interface entre essas proposições e as práticas locais de produção. Evidências empíricas agronômica, geográfica e antropologicamente analisadas indicam a necessidade de uma revisão dessa interface à luz de indicadores agroecológicos. Este estudo de caso no PDS Virola Jatobá permite refletir sobre a relevância da politização da organização social para os experimentos em Agroecologia nos assentamentos.

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Bibliographic Details
Main Authors: PORRO, N. M., PORRO, R., ASSUNÇÃO, H. do N.
Other Authors: Noemi Miyasaka Porro, UFPA; ROBERTO PORRO, CPATU; Helder do N. Assunção, UFPA.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2017-05-10
Subjects:Projeto de Assentamento Sustentável, Agroecologia, Organização social., Reforma Agrária., Amazonia.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1069459
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Description
Summary:No atual contexto de contraste entre o crescente foco global sobre o ambiente e a decrescente atenção à reforma agrária, camponeses em assentamentos ambientalmente diferenciados são compelidos a experiências de produção que levem a menores índices de desmatamento. Lançadas sem o devido protagonismo dos sujeitos locais e sem efetivo suporte, essas propostas de alternativas produtivas, a exemplo do manejo florestal comunitário e sistemas agroflorestais, enfrentam dificuldades para serem adotadas pelo campesinato amazônico. Cientes das concretas condições envolvidas, camponeses da Transamazônica persistem com sua tradicional roça de corte-e-queima, a despeito das atuais restrições legais e do próprio ecossistema em suas atuais condições. Refletir sobre a Reforma Agrária e a agricultura almejada nos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) requer uma análise da interface entre essas proposições e as práticas locais de produção. Evidências empíricas agronômica, geográfica e antropologicamente analisadas indicam a necessidade de uma revisão dessa interface à luz de indicadores agroecológicos. Este estudo de caso no PDS Virola Jatobá permite refletir sobre a relevância da politização da organização social para os experimentos em Agroecologia nos assentamentos.