A Anemia Infecciosa Eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no Pantanal Matogrossense?

A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma enfermidade incurável que acomete os equinos, sendo endêmica no pantanal matogrossense, onde o controle da doença, através do sacrifício dos animais soropositivos não é obrigatório. Um número crescente de proprietários rurais vem se interessando pelos equinos da raça Pantaneira e é neste momento que a AIE passa a ser um grande obstáculo para o desenvolvimento da equideocultura regional. O estudo objetivou avaliar o desempenho físico dos animais soropositivos para AIE visando obter dados para incentivar o controle da doença no pantanal matogrossense. Foram utilizados 16 equinos machos Pantaneiros, entre 10 e 16 anos, sendo 8 soronegativos(G1) e 8 soropositivos(G2). Os grupos foram mantidos separados em fazendas próximas, na região de Nhecolandia no Pantanal e permaneceram soltos em pastagem nativa, com sal mineral e água à vontade. Antes e após 42 dias de treinamento foram realizados testes de esforço progressivo, em pista gramada, de topografia plana e com 1.500 m de comprimento, onde, um mesmo cavaleiro, deveria percorrer com cada animal no trote, trote alongado, galope reunido e galope alongado. Durante os testes os animais usaram frequencímetro cardíaco e ao final de cada etapa foram monitoradas a frequência cardíaca (FC) e a concentração sanguínea de lactato [La]. Quando os animais atingiam La > 4mmol e FC > 150btm o teste era interrompido. A distância percorrida (DP) foi equivalente ao período do início do teste até que o momento em que ele era interrompido. O Hematócrito (H) foi realizado no repouso, imediatamente após, aos 10, 30 e 60 min. após os testes 1 e 2. Durante o período de condicionamento físico os animais trabalharam em dias alternados durante 1h no passo e galope, sendo que a velocidade do galope correspondeu a 70% da velocidade da FC máxima atingida no 1º teste. Estimou-se através de equação de regressão, a velocidade em que a[La]atingiu 2mmol/L (VLa2), 3mmol/L (VLa3) e 4mmol/L (VLa4). Com esses resultados e os de FC que os grupos atingiram ao final de cada etapa do teste incremental de esforço, foram avaliadas as diferenças de desempenho entre os grupos G1 e G2. Nos dois testes a DP foi maior em G1. Este grupo apresentou H superior (p<0,05) em todos os tempos avaliados após o Teste2. No 1º teste não houve diferença entre os grupos experimentais na FC e na VLa2, VLa3 e VLa4, mas , no teste 2, os animais de G2 apresentaram menor (p<0,05) VLa2, a VLa3 e VLa4 e maior FC nas velocidades de 3,5, 4,2, 5,3 e 8,2m/s. Conclui-se que a AIE deve ser controlada no pantanal matogrossense, pois afeta o desempenho funcional dos equinos para o trabalho, sua principal função na região.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: REZENDE, A. S. C., SANTOS, D. R. dos, SANTOS, S. A., LIMA, M. F. N. T. de, SANTIAGO, J. M, MELLITO FILHO, R., BARCELOS, K. M., TRIGO, P.
Other Authors: ADALGIZA SOUZA CARNEIRO REZENDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; DÉBORA ROQUE DOS SANTOS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; SANDRA APARECIDA SANTOS, CPAP; MARCIA FURLAN NOGUEIRA T DE LIMA, CPAP; JULIANO M. SANTIAGO, Universidade Federal Rural de Pernambuco/UAST; REINALDO MELLITO FILHO, Universidade Federal Rural de Pernambuco/UAST; KATE MOURA BARCELOS, Universidade Federal de Minas Gerais; PABLO TRIGO, Universidad Nacional de La Plata.
Format: Separatas biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2017-03-28
Subjects:Equino., Anemia infecciosa., Horses, Equine infectious anemia,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1067771
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id dig-alice-doc-1067771
record_format koha
spelling dig-alice-doc-10677712017-08-16T04:30:43Z A Anemia Infecciosa Eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no Pantanal Matogrossense? A Anemia Ingessiosa Eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no Pantanal Matogrossense? REZENDE, A. S. C. SANTOS, D. R. dos SANTOS, S. A. LIMA, M. F. N. T. de SANTIAGO, J. M MELLITO FILHO, R. BARCELOS, K. M. TRIGO, P. ADALGIZA SOUZA CARNEIRO REZENDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; DÉBORA ROQUE DOS SANTOS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; SANDRA APARECIDA SANTOS, CPAP; MARCIA FURLAN NOGUEIRA T DE LIMA, CPAP; JULIANO M. SANTIAGO, Universidade Federal Rural de Pernambuco/UAST; REINALDO MELLITO FILHO, Universidade Federal Rural de Pernambuco/UAST; KATE MOURA BARCELOS, Universidade Federal de Minas Gerais; PABLO TRIGO, Universidad Nacional de La Plata. Equino. Anemia infecciosa. Horses Equine infectious anemia A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma enfermidade incurável que acomete os equinos, sendo endêmica no pantanal matogrossense, onde o controle da doença, através do sacrifício dos animais soropositivos não é obrigatório. Um número crescente de proprietários rurais vem se interessando pelos equinos da raça Pantaneira e é neste momento que a AIE passa a ser um grande obstáculo para o desenvolvimento da equideocultura regional. O estudo objetivou avaliar o desempenho físico dos animais soropositivos para AIE visando obter dados para incentivar o controle da doença no pantanal matogrossense. Foram utilizados 16 equinos machos Pantaneiros, entre 10 e 16 anos, sendo 8 soronegativos(G1) e 8 soropositivos(G2). Os grupos foram mantidos separados em fazendas próximas, na região de Nhecolandia no Pantanal e permaneceram soltos em pastagem nativa, com sal mineral e água à vontade. Antes e após 42 dias de treinamento foram realizados testes de esforço progressivo, em pista gramada, de topografia plana e com 1.500 m de comprimento, onde, um mesmo cavaleiro, deveria percorrer com cada animal no trote, trote alongado, galope reunido e galope alongado. Durante os testes os animais usaram frequencímetro cardíaco e ao final de cada etapa foram monitoradas a frequência cardíaca (FC) e a concentração sanguínea de lactato [La]. Quando os animais atingiam La > 4mmol e FC > 150btm o teste era interrompido. A distância percorrida (DP) foi equivalente ao período do início do teste até que o momento em que ele era interrompido. O Hematócrito (H) foi realizado no repouso, imediatamente após, aos 10, 30 e 60 min. após os testes 1 e 2. Durante o período de condicionamento físico os animais trabalharam em dias alternados durante 1h no passo e galope, sendo que a velocidade do galope correspondeu a 70% da velocidade da FC máxima atingida no 1º teste. Estimou-se através de equação de regressão, a velocidade em que a[La]atingiu 2mmol/L (VLa2), 3mmol/L (VLa3) e 4mmol/L (VLa4). Com esses resultados e os de FC que os grupos atingiram ao final de cada etapa do teste incremental de esforço, foram avaliadas as diferenças de desempenho entre os grupos G1 e G2. Nos dois testes a DP foi maior em G1. Este grupo apresentou H superior (p<0,05) em todos os tempos avaliados após o Teste2. No 1º teste não houve diferença entre os grupos experimentais na FC e na VLa2, VLa3 e VLa4, mas , no teste 2, os animais de G2 apresentaram menor (p<0,05) VLa2, a VLa3 e VLa4 e maior FC nas velocidades de 3,5, 4,2, 5,3 e 8,2m/s. Conclui-se que a AIE deve ser controlada no pantanal matogrossense, pois afeta o desempenho funcional dos equinos para o trabalho, sua principal função na região. CICADE 2016. 2017-03-28T11:11:11Z 2017-03-28T11:11:11Z 2017-03-28 2016 2018-03-28T11:11:11Z Separatas In: CONFERENCIA INTERNACIONAL DE CABALLOS DE DEPORTE, 2016, Ribeirão Preto. Anais... Jülich: Arbeitsgruppe Pferd, 2016. http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1067771 pt_BR por openAccess p. 150-157.
institution EMBRAPA
collection DSpace
country Brasil
countrycode BR
component Bibliográfico
access En linea
databasecode dig-alice
tag biblioteca
region America del Sur
libraryname Sistema de bibliotecas de EMBRAPA
language pt_BR
por
topic Equino.
Anemia infecciosa.
Horses
Equine infectious anemia
Equino.
Anemia infecciosa.
Horses
Equine infectious anemia
spellingShingle Equino.
Anemia infecciosa.
Horses
Equine infectious anemia
Equino.
Anemia infecciosa.
Horses
Equine infectious anemia
REZENDE, A. S. C.
SANTOS, D. R. dos
SANTOS, S. A.
LIMA, M. F. N. T. de
SANTIAGO, J. M
MELLITO FILHO, R.
BARCELOS, K. M.
TRIGO, P.
A Anemia Infecciosa Eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no Pantanal Matogrossense?
description A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma enfermidade incurável que acomete os equinos, sendo endêmica no pantanal matogrossense, onde o controle da doença, através do sacrifício dos animais soropositivos não é obrigatório. Um número crescente de proprietários rurais vem se interessando pelos equinos da raça Pantaneira e é neste momento que a AIE passa a ser um grande obstáculo para o desenvolvimento da equideocultura regional. O estudo objetivou avaliar o desempenho físico dos animais soropositivos para AIE visando obter dados para incentivar o controle da doença no pantanal matogrossense. Foram utilizados 16 equinos machos Pantaneiros, entre 10 e 16 anos, sendo 8 soronegativos(G1) e 8 soropositivos(G2). Os grupos foram mantidos separados em fazendas próximas, na região de Nhecolandia no Pantanal e permaneceram soltos em pastagem nativa, com sal mineral e água à vontade. Antes e após 42 dias de treinamento foram realizados testes de esforço progressivo, em pista gramada, de topografia plana e com 1.500 m de comprimento, onde, um mesmo cavaleiro, deveria percorrer com cada animal no trote, trote alongado, galope reunido e galope alongado. Durante os testes os animais usaram frequencímetro cardíaco e ao final de cada etapa foram monitoradas a frequência cardíaca (FC) e a concentração sanguínea de lactato [La]. Quando os animais atingiam La > 4mmol e FC > 150btm o teste era interrompido. A distância percorrida (DP) foi equivalente ao período do início do teste até que o momento em que ele era interrompido. O Hematócrito (H) foi realizado no repouso, imediatamente após, aos 10, 30 e 60 min. após os testes 1 e 2. Durante o período de condicionamento físico os animais trabalharam em dias alternados durante 1h no passo e galope, sendo que a velocidade do galope correspondeu a 70% da velocidade da FC máxima atingida no 1º teste. Estimou-se através de equação de regressão, a velocidade em que a[La]atingiu 2mmol/L (VLa2), 3mmol/L (VLa3) e 4mmol/L (VLa4). Com esses resultados e os de FC que os grupos atingiram ao final de cada etapa do teste incremental de esforço, foram avaliadas as diferenças de desempenho entre os grupos G1 e G2. Nos dois testes a DP foi maior em G1. Este grupo apresentou H superior (p<0,05) em todos os tempos avaliados após o Teste2. No 1º teste não houve diferença entre os grupos experimentais na FC e na VLa2, VLa3 e VLa4, mas , no teste 2, os animais de G2 apresentaram menor (p<0,05) VLa2, a VLa3 e VLa4 e maior FC nas velocidades de 3,5, 4,2, 5,3 e 8,2m/s. Conclui-se que a AIE deve ser controlada no pantanal matogrossense, pois afeta o desempenho funcional dos equinos para o trabalho, sua principal função na região.
author2 ADALGIZA SOUZA CARNEIRO REZENDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; DÉBORA ROQUE DOS SANTOS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; SANDRA APARECIDA SANTOS, CPAP; MARCIA FURLAN NOGUEIRA T DE LIMA, CPAP; JULIANO M. SANTIAGO, Universidade Federal Rural de Pernambuco/UAST; REINALDO MELLITO FILHO, Universidade Federal Rural de Pernambuco/UAST; KATE MOURA BARCELOS, Universidade Federal de Minas Gerais; PABLO TRIGO, Universidad Nacional de La Plata.
author_facet ADALGIZA SOUZA CARNEIRO REZENDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; DÉBORA ROQUE DOS SANTOS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; SANDRA APARECIDA SANTOS, CPAP; MARCIA FURLAN NOGUEIRA T DE LIMA, CPAP; JULIANO M. SANTIAGO, Universidade Federal Rural de Pernambuco/UAST; REINALDO MELLITO FILHO, Universidade Federal Rural de Pernambuco/UAST; KATE MOURA BARCELOS, Universidade Federal de Minas Gerais; PABLO TRIGO, Universidad Nacional de La Plata.
REZENDE, A. S. C.
SANTOS, D. R. dos
SANTOS, S. A.
LIMA, M. F. N. T. de
SANTIAGO, J. M
MELLITO FILHO, R.
BARCELOS, K. M.
TRIGO, P.
format Separatas
topic_facet Equino.
Anemia infecciosa.
Horses
Equine infectious anemia
author REZENDE, A. S. C.
SANTOS, D. R. dos
SANTOS, S. A.
LIMA, M. F. N. T. de
SANTIAGO, J. M
MELLITO FILHO, R.
BARCELOS, K. M.
TRIGO, P.
author_sort REZENDE, A. S. C.
title A Anemia Infecciosa Eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no Pantanal Matogrossense?
title_short A Anemia Infecciosa Eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no Pantanal Matogrossense?
title_full A Anemia Infecciosa Eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no Pantanal Matogrossense?
title_fullStr A Anemia Infecciosa Eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no Pantanal Matogrossense?
title_full_unstemmed A Anemia Infecciosa Eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no Pantanal Matogrossense?
title_sort anemia infecciosa eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no pantanal matogrossense?
publishDate 2017-03-28
url http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1067771
work_keys_str_mv AT rezendeasc aanemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT santosdrdos aanemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT santossa aanemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT limamfntde aanemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT santiagojm aanemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT mellitofilhor aanemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT barceloskm aanemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT trigop aanemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT rezendeasc aanemiaingessiosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT santosdrdos aanemiaingessiosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT santossa aanemiaingessiosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT limamfntde aanemiaingessiosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT santiagojm aanemiaingessiosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT mellitofilhor aanemiaingessiosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT barceloskm aanemiaingessiosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT trigop aanemiaingessiosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT rezendeasc anemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT santosdrdos anemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT santossa anemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT limamfntde anemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT santiagojm anemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT mellitofilhor anemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT barceloskm anemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
AT trigop anemiainfecciosaequinaafetaodesempenhofuncionaldosequinosnopantanalmatogrossense
_version_ 1756023511920410624