Expressão enzimática em frutas que receberam tratamentos físicos na pós-colheita.

Resumo: O mercado é exigente no que diz respeito à qualidade de frutas, sem resíduos químicos, o que leva a uma demanda por tecnologias alternativas limpas nos tratamentos de pós-colheita. O estudo da atividade enzimática de frutas permite modular a ação da enzima como um marcador bioquímico de estresse, que pode resultar tanto na ativação de mecanismos de defesa contra fitopatógenos, bem como na aceleração do processo de senescência da fruta. Assim, o trabalho teve como objetivo determinar as atividades das enzimas peroxidases (PO), polifenoloxidases (PPO) e fenilalanina amônia-liase (FAL) em manga Tommy Atkins submetida a tratamentos físicos na pós-colheita, por aspersão de água aquecida a 65 ºC (TT), durante 15 s; pela irradiação de luz ultravioleta-C (UVC) na dose de 2,5 kJ m-2; pela combinação dos dois tratamentos TT+UVC e uma testemunha. Após a aplicação dos tratamentos os frutos foram armazenados em câmara fria (10 ± 2ºC e 85-90% UR) e as amostras coletadas diariamente até cinco dias de armazenamento. De maneira geral, a expressão da PO e da PPO foi maior em frutas que receberam os tratamentos físicos, com destaque para aquelas tratadas com a combinação de TT+UVC. Quanto a FAL, observou-se uma tendência de elevação na sua expressão, ao longo do período de avaliação, para mangas tratadas com TT isoladamente ou combinado com a luz UVC, que apresentou uma tendência a queda a partir do quarto dia. Conclui-se que os tratamentos físicos avaliados podem interferir no metabolismo da manga, pela alteração na expressão das atividades enzimáticas, podendo induzir mecanismos de resistência a fitopatógenos.

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Bibliographic Details
Main Authors: PONTE, M. S., NECHET, K. de L., VILELA, E. S. D., VICELLI, M. P., TERAO, D.
Other Authors: MAYARA SILVA PONTE, ESALQ-USP; KATIA DE LIMA NECHET, CNPMA; ELKE SIMONI DIAS VILELA, CNPMA; MONICA PIROLA VIECELLI, FAJ; DANIEL TERAO, CNPMA.
Format: Separatas biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2016-02-10
Subjects:Tratamento alternativo, Polifenol oxidase, Plant disease and disorders., Manga, Peroxidase, Fenilalanina amônia liase, Pós-colheita, Doença de planta, Controle físico, Controle térmico., Mangoes, Postharvest diseases, Hot water treatment, Enzyme activity, Peroxidases, Phenylalanine ammonia-lyase.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1036404
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Description
Summary:Resumo: O mercado é exigente no que diz respeito à qualidade de frutas, sem resíduos químicos, o que leva a uma demanda por tecnologias alternativas limpas nos tratamentos de pós-colheita. O estudo da atividade enzimática de frutas permite modular a ação da enzima como um marcador bioquímico de estresse, que pode resultar tanto na ativação de mecanismos de defesa contra fitopatógenos, bem como na aceleração do processo de senescência da fruta. Assim, o trabalho teve como objetivo determinar as atividades das enzimas peroxidases (PO), polifenoloxidases (PPO) e fenilalanina amônia-liase (FAL) em manga Tommy Atkins submetida a tratamentos físicos na pós-colheita, por aspersão de água aquecida a 65 ºC (TT), durante 15 s; pela irradiação de luz ultravioleta-C (UVC) na dose de 2,5 kJ m-2; pela combinação dos dois tratamentos TT+UVC e uma testemunha. Após a aplicação dos tratamentos os frutos foram armazenados em câmara fria (10 ± 2ºC e 85-90% UR) e as amostras coletadas diariamente até cinco dias de armazenamento. De maneira geral, a expressão da PO e da PPO foi maior em frutas que receberam os tratamentos físicos, com destaque para aquelas tratadas com a combinação de TT+UVC. Quanto a FAL, observou-se uma tendência de elevação na sua expressão, ao longo do período de avaliação, para mangas tratadas com TT isoladamente ou combinado com a luz UVC, que apresentou uma tendência a queda a partir do quarto dia. Conclui-se que os tratamentos físicos avaliados podem interferir no metabolismo da manga, pela alteração na expressão das atividades enzimáticas, podendo induzir mecanismos de resistência a fitopatógenos.