Importância da validação dos modelos de risco cardiovascular nos cuidados de saúde primários

Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte nos países desenvolvidos e os eventos cardiovasculares não-fatais contribuem para morbilidade significativa na população destes países. Modelos de risco cardiovascular usados atualmente: Os modelos de avaliação de risco cardiovascular, tendo em conta a conjugação de fatores de risco presentes num doente, atribuem um valor essencialmente quantitativo ao risco cardiovascular individual para determinados eventos fatais ou não fatais e permitem estabelecer metas para início de medidas terapêuticas preventivas. Entre os modelos de avaliação de risco cardiovascular mais amplamente usados estão o Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE) e as equações de Framingham. Estudos de validação dos modelos de risco cardiovascular: Não obstante a sua utilidade clínica, estudos europeus concluíram que estes modelos sobrestimam o risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais observados quando aplicados a populações diferentes daquela em que foram desenvolvidos. Discussão: Atualmente não existe literatura que tenha validado a aplicação destes modelos de risco na população portuguesa, pelo que não podemos saber se estes modelos são suficientemente fiáveis na nossa população e se deverão ser usados para guiar decisões na prática clínica.

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Bibliographic Details
Main Authors: Gouveia,Maria, Rodrigues,Inês Pimenta, Pinto,Daniel
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2018
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732018000300007
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Summary:Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte nos países desenvolvidos e os eventos cardiovasculares não-fatais contribuem para morbilidade significativa na população destes países. Modelos de risco cardiovascular usados atualmente: Os modelos de avaliação de risco cardiovascular, tendo em conta a conjugação de fatores de risco presentes num doente, atribuem um valor essencialmente quantitativo ao risco cardiovascular individual para determinados eventos fatais ou não fatais e permitem estabelecer metas para início de medidas terapêuticas preventivas. Entre os modelos de avaliação de risco cardiovascular mais amplamente usados estão o Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE) e as equações de Framingham. Estudos de validação dos modelos de risco cardiovascular: Não obstante a sua utilidade clínica, estudos europeus concluíram que estes modelos sobrestimam o risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais observados quando aplicados a populações diferentes daquela em que foram desenvolvidos. Discussão: Atualmente não existe literatura que tenha validado a aplicação destes modelos de risco na população portuguesa, pelo que não podemos saber se estes modelos são suficientemente fiáveis na nossa população e se deverão ser usados para guiar decisões na prática clínica.