Pensar a comunicação intermundos: fóruns cosmopolíticos e diálogos interepistêmicos

Resumo O artigo apresenta um diagnóstico e uma plataforma teórico-metodológica. O diagnóstico busca dar conta da apartada relação entre os estudos de comunicação e os saberes-fazeres de populações tradicionais no Brasil, sublinhando as mútuo-exclusivas relações entre Tradição e Modernidade, constituidoras do campo da comunicação social. Segue-se então um esforço de articulação entre duas matrizes filosóficas, decolonialidade e cosmopolítica, do qual emergem duas proposições articuladas como uma plataforma para pensar a comunicação intermundos: 1) a de fórum cosmopolítico que busca enfrentar a dicotomia Natureza X Cultura em face da aproximação etnográfica com outras formas de vida e suas pragmáticas; 2) a de diálogo interepistêmico, que, por via histórica de longa duração, reconhece as diferenças culturais e as formas remanescentes do colonialismo do ponto de vista epistemológico, enfrentando a dicotomia Sujeito X Objeto pela via da interculturalidade.

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Bibliographic Details
Main Authors: Oliveira,Luciana de, Figueroa,Júlio Vitorino, Altivo,Bárbara Regina
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica - PUC-SP 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-25532021000100402
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Summary:Resumo O artigo apresenta um diagnóstico e uma plataforma teórico-metodológica. O diagnóstico busca dar conta da apartada relação entre os estudos de comunicação e os saberes-fazeres de populações tradicionais no Brasil, sublinhando as mútuo-exclusivas relações entre Tradição e Modernidade, constituidoras do campo da comunicação social. Segue-se então um esforço de articulação entre duas matrizes filosóficas, decolonialidade e cosmopolítica, do qual emergem duas proposições articuladas como uma plataforma para pensar a comunicação intermundos: 1) a de fórum cosmopolítico que busca enfrentar a dicotomia Natureza X Cultura em face da aproximação etnográfica com outras formas de vida e suas pragmáticas; 2) a de diálogo interepistêmico, que, por via histórica de longa duração, reconhece as diferenças culturais e as formas remanescentes do colonialismo do ponto de vista epistemológico, enfrentando a dicotomia Sujeito X Objeto pela via da interculturalidade.