Estilo de raciocínio e capilaridade técnico-cultural na química no século XVIII

RESUMO Neste artigo pretendo identificar um "estilo de raciocínio" próprio à química e apontar a disseminação de seus produtos e conceitos. O objetivo é o de explicitar alguns elementos que caracterizam o estilo de pensar e de fazer da química na segunda metade do século XVIII, sua capilarização técnico-cultural. O delineamento de um estilo químico de raciocinar origina-se da constância dos espaços técnico-epistêmicos em que o saber químico é construído. A química é uma ciência de laboratório, eminentemente técnica e operatória, quer dizer, trata-se de um conhecimento técnico-científico stricto sensu. Produtora de artefatos, a ciência química é inseparável da técnica, da tecnologia e da indústria, de maneira que sua identidade epistêmica é indissociável de sua história. Seu estilo caracteriza um valor profundo na cultura técnica do homo faber, do poder de agir sobre a natureza e de transformá-la através de manipulações e de rearranjos.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: MOCELLIN,Ronei Clécio
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo, Departamento de Filosofia 2015
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-31662015000400759
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:RESUMO Neste artigo pretendo identificar um "estilo de raciocínio" próprio à química e apontar a disseminação de seus produtos e conceitos. O objetivo é o de explicitar alguns elementos que caracterizam o estilo de pensar e de fazer da química na segunda metade do século XVIII, sua capilarização técnico-cultural. O delineamento de um estilo químico de raciocinar origina-se da constância dos espaços técnico-epistêmicos em que o saber químico é construído. A química é uma ciência de laboratório, eminentemente técnica e operatória, quer dizer, trata-se de um conhecimento técnico-científico stricto sensu. Produtora de artefatos, a ciência química é inseparável da técnica, da tecnologia e da indústria, de maneira que sua identidade epistêmica é indissociável de sua história. Seu estilo caracteriza um valor profundo na cultura técnica do homo faber, do poder de agir sobre a natureza e de transformá-la através de manipulações e de rearranjos.