Aloenxerto de tendão de Aquiles no tratamento de rotura crónica do tendão rotuliano após revisão de artroplastia total do joelho

A disrupção do aparelho extensor, nomeadamente a rotura do tendão rotuliano, é uma complicação grave após artroplastia total do joelho. A sua reconstrução em roturas crónicas é tecnicamente exigente e, dada a sua raridade, carece de um gold standard estabelecido para o seu tratamento. Este artigo relata a técnica e resultados obtidos com a utilização de um aloenxerto de tendão de Aquiles, na reparação de uma rotura do tendão rotuliano negligenciada, após uma revisão de artroplastia total do joelho. Aos 18 meses de pós-operatório a doente apresenta um arco de movimento activo entre os 0° e os 110°. Descrevem-se os princípios biomecânicos responsáveis pelo bom resultado obtido com esta técnica: fixação rígida da junção receptor/dador, cobertura do aloenxerto com o máximo de tecido autólogo, de forma a maximizar a sua integração, e tensionamento intra-operatório em extensão. Concluiu-se que, na ausência de um gold standard para o tratamento da rotura crónica do tendão rotuliano após artroplastia total do joelho, a escolha da técnica cirúrgica deve depender não só do timing e localização da rotura, mas igualmente do grau de competência dos tecidos hospedeiros, o qual vai depender da idade, co-morbilidades e agressões cirúrgicas e não cirúrgicas prévias ao aparelho extensor.

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Bibliographic Details
Main Authors: Arcângelo,Joana, Figueira,Paulo, Grenho,André, Gomes,Jorge
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia 2017
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222017000400008
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Description
Summary:A disrupção do aparelho extensor, nomeadamente a rotura do tendão rotuliano, é uma complicação grave após artroplastia total do joelho. A sua reconstrução em roturas crónicas é tecnicamente exigente e, dada a sua raridade, carece de um gold standard estabelecido para o seu tratamento. Este artigo relata a técnica e resultados obtidos com a utilização de um aloenxerto de tendão de Aquiles, na reparação de uma rotura do tendão rotuliano negligenciada, após uma revisão de artroplastia total do joelho. Aos 18 meses de pós-operatório a doente apresenta um arco de movimento activo entre os 0° e os 110°. Descrevem-se os princípios biomecânicos responsáveis pelo bom resultado obtido com esta técnica: fixação rígida da junção receptor/dador, cobertura do aloenxerto com o máximo de tecido autólogo, de forma a maximizar a sua integração, e tensionamento intra-operatório em extensão. Concluiu-se que, na ausência de um gold standard para o tratamento da rotura crónica do tendão rotuliano após artroplastia total do joelho, a escolha da técnica cirúrgica deve depender não só do timing e localização da rotura, mas igualmente do grau de competência dos tecidos hospedeiros, o qual vai depender da idade, co-morbilidades e agressões cirúrgicas e não cirúrgicas prévias ao aparelho extensor.