O Poder Simbólico e a Cooperação Portuguesa: Uma análise sobre o papel da língua

Resumo O artigo procura analisar e refletir sobre o papel da língua portuguesa enquanto sistema de poder simbólico na Cooperação Portuguesa promovida pela Administração Central. A análise centra-se no período de 1999 a 2019, tendo por referência os diferentes documentos produzidos neste período. O presente artigo é, em parte, um exercício de autorreflexão, uma vez que os autores se posicionam como “amigos críticos” e não observadores externos da Cooperação Portuguesa. A reflexão realizada permite inferir que a língua, enquanto estratégia de soft power do Estado português, cria um viés aos objetivos inerentes à cooperação para o desenvolvimento, surgindo como um sistema de poder simbólico que perpetua relações de colonialidade.

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Bibliographic Details
Main Authors: Martins,Bruna, Silva,Rui da, Coelho,La Salete
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Centro de Estudos Internacionais do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa 2020
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-37942020000100017
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Summary:Resumo O artigo procura analisar e refletir sobre o papel da língua portuguesa enquanto sistema de poder simbólico na Cooperação Portuguesa promovida pela Administração Central. A análise centra-se no período de 1999 a 2019, tendo por referência os diferentes documentos produzidos neste período. O presente artigo é, em parte, um exercício de autorreflexão, uma vez que os autores se posicionam como “amigos críticos” e não observadores externos da Cooperação Portuguesa. A reflexão realizada permite inferir que a língua, enquanto estratégia de soft power do Estado português, cria um viés aos objetivos inerentes à cooperação para o desenvolvimento, surgindo como um sistema de poder simbólico que perpetua relações de colonialidade.