Tipo de cirurgia, adaptação psicossocial e imagem corporal no cancro da mama

A investigação sobre a influência do tipo de cirurgia na adaptação da mulher com cancro da mama tem resultado numa intensa produção científica ao longo dos últimos anos. O presente estudo pretende rever o vasto conjunto de investigações conduzidas nos últimos 20 anos sobre a influência do tipo de cirurgia (mastectomia e cirurgia conservadora) na adaptação psicossocial e imagem corporal da doente.Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica em bases de dados nacionais e internacionais, que deu origem à revisão detalhada de 23 publicações científicas. A grande maioria dos estudos não encontrou diferenças significativas entre grupos cirúrgicos, nos principais indicadores de adaptação psicossocial, ainda que este resultado não seja consensual. A única diferença consistentemente encontrada refere-se à imagem corporal da mulher, ou seja, as doentes que conservam a mama reportam uma imagem corporal mais positiva. Em suma, a revisão efetuada sugere que mais do que defender rigidamente um tipo de cirurgia em detrimento de outro, importa incluir a doente no processo de tomada de decisão terapêutica.

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Bibliographic Details
Main Authors: Moreira,Helena, Canavarro,Maria Cristina
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde 2012
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862012000200004
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Summary:A investigação sobre a influência do tipo de cirurgia na adaptação da mulher com cancro da mama tem resultado numa intensa produção científica ao longo dos últimos anos. O presente estudo pretende rever o vasto conjunto de investigações conduzidas nos últimos 20 anos sobre a influência do tipo de cirurgia (mastectomia e cirurgia conservadora) na adaptação psicossocial e imagem corporal da doente.Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica em bases de dados nacionais e internacionais, que deu origem à revisão detalhada de 23 publicações científicas. A grande maioria dos estudos não encontrou diferenças significativas entre grupos cirúrgicos, nos principais indicadores de adaptação psicossocial, ainda que este resultado não seja consensual. A única diferença consistentemente encontrada refere-se à imagem corporal da mulher, ou seja, as doentes que conservam a mama reportam uma imagem corporal mais positiva. Em suma, a revisão efetuada sugere que mais do que defender rigidamente um tipo de cirurgia em detrimento de outro, importa incluir a doente no processo de tomada de decisão terapêutica.