O papel da intimidade conjugal na qualidade de vida da mulher com cancro da mama

Não obstante a multiplicidade de estudos realizados no âmbito da conjugalidade da mulher com cancro da mama, a investigação sobre a intimidade nestes casais encontra-se ainda pouco documentada. Este estudo pretende conhecer a relação entre a intimidade conjugal (nas dimensões: comunicação, validação pessoal e abertura ao exterior) e a qualidade de vida destas mulheres, em duas etapas distintas da doença. A amostra é constituída por 47 mulheres recentemente diagnosticadas com cancro da mama, 47 mulheres sobreviventes de cancro da mama e 47 mulheres saudáveis, da população geral. As mulheres com diagnóstico recente de cancro da mama apresentaram uma melhor qualidade de vida social e maior intimidade na relação conjugal na dimensão comunicação. No grupo de sobreviventes, a dimensão validação pessoal da intimidade foi um preditor significativo de melhor qualidade de vida psicológica, enquanto a dimensão abertura ao exterior mostrou-se um preditor significativo de uma melhor qualidade de vida social. De uma forma geral, uma relação conjugal íntima, pautada pela validação, compreensão e livre partilha de emoções, sentimentos e preocupações, bem como pela abertura do casal aos elementos exteriores, parece promover uma melhor qualidade de vida da mulher com cancro da mama.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Moreira,Helena, Silva,Sónia, Canavarro,Maria Cristina
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde 2009
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862009000100010
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Não obstante a multiplicidade de estudos realizados no âmbito da conjugalidade da mulher com cancro da mama, a investigação sobre a intimidade nestes casais encontra-se ainda pouco documentada. Este estudo pretende conhecer a relação entre a intimidade conjugal (nas dimensões: comunicação, validação pessoal e abertura ao exterior) e a qualidade de vida destas mulheres, em duas etapas distintas da doença. A amostra é constituída por 47 mulheres recentemente diagnosticadas com cancro da mama, 47 mulheres sobreviventes de cancro da mama e 47 mulheres saudáveis, da população geral. As mulheres com diagnóstico recente de cancro da mama apresentaram uma melhor qualidade de vida social e maior intimidade na relação conjugal na dimensão comunicação. No grupo de sobreviventes, a dimensão validação pessoal da intimidade foi um preditor significativo de melhor qualidade de vida psicológica, enquanto a dimensão abertura ao exterior mostrou-se um preditor significativo de uma melhor qualidade de vida social. De uma forma geral, uma relação conjugal íntima, pautada pela validação, compreensão e livre partilha de emoções, sentimentos e preocupações, bem como pela abertura do casal aos elementos exteriores, parece promover uma melhor qualidade de vida da mulher com cancro da mama.