Comportamento ingestivo de vacas Jersey confinadas durante a fase inicial da lactação

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar o comportamento ingestivo de vacas da raça Jersey durante duas épocas do ano (estações fria e quente) e aos 30, 60 e 90 dias pós-parto. Os tempos diários gastos com ingestão, ruminação e descanso foram estimados a partir de observações visuais realizadas por um único observador bem treinado. Os registros das atividades comportamentais foram realizados a intervalos de 10 minutos, durante 24 horas por dia, cinco dias por período, totalizando 30 dias de observações. Os animais foram observados individualmente. Os tempos médios de ingestão e ruminação foram maiores na estação quente, comparados à estação fria e aos 30 dias pós-parto comparados aos 90 dias pós-parto, e associados com os efeitos positivos de temperatura, fotoperíodo e teor de fibra da silagem. O peso vivo decresceu até 30 dias pós-parto, apresentando recuperação aos 90 dias pós-parto. A produção de leite apresentou interação significativa entre época e período, com menor produção de leite aos 60 dias pós-parto em relação aos 30 e 90 dias pós-parto, principalmente na estação quente, fato parcialmente atribuído às mudanças na composição química da silagem. Concluiu-se que as vacas leiteiras modificaram seu comportamento ingestivo para se adaptarem às mudanças nutricionais, ambientais (efeito de época) e anatômicas e fisiológicas (efeito do número de dias após o parto).

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Bibliographic Details
Main Authors: Costa,Cintia Oliveira da, Fischer,Vivian, Vetromilla,Marco Antônio Monks, Moreno,Claiton Baes, Ferreira,Everson Xavier
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Zootecnia 2003
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982003000200021
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Summary:Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar o comportamento ingestivo de vacas da raça Jersey durante duas épocas do ano (estações fria e quente) e aos 30, 60 e 90 dias pós-parto. Os tempos diários gastos com ingestão, ruminação e descanso foram estimados a partir de observações visuais realizadas por um único observador bem treinado. Os registros das atividades comportamentais foram realizados a intervalos de 10 minutos, durante 24 horas por dia, cinco dias por período, totalizando 30 dias de observações. Os animais foram observados individualmente. Os tempos médios de ingestão e ruminação foram maiores na estação quente, comparados à estação fria e aos 30 dias pós-parto comparados aos 90 dias pós-parto, e associados com os efeitos positivos de temperatura, fotoperíodo e teor de fibra da silagem. O peso vivo decresceu até 30 dias pós-parto, apresentando recuperação aos 90 dias pós-parto. A produção de leite apresentou interação significativa entre época e período, com menor produção de leite aos 60 dias pós-parto em relação aos 30 e 90 dias pós-parto, principalmente na estação quente, fato parcialmente atribuído às mudanças na composição química da silagem. Concluiu-se que as vacas leiteiras modificaram seu comportamento ingestivo para se adaptarem às mudanças nutricionais, ambientais (efeito de época) e anatômicas e fisiológicas (efeito do número de dias após o parto).