Validade da massa corporal e da estatura autorreferidas: relações com sexo, idade, atividade física e fatores de risco cardiometabólicos

RESUMO: Objetivo: Avaliar a validade da massa corporal e da estatura autorreferidas em adolescentes, adultos e idosos segundo sexo, idade, nível de atividade física no lazer, estado nutricional e fatores de risco cardiometabólicos. Métodos: Participaram do estudo 856 sujeitos, com 12 anos ou mais, que responderam ao Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA-2015) e que possuíam a massa corporal e a estatura autorreferidas e aferidas. Com base no índice de massa corporal, realizou-se uma classificação do estado nutricional de acordo com critérios padronizados para cada fase da vida. A validade das medidas autorreferidas foi examinada usando o coeficiente de correlação intraclasse, Bland-Altman e o teste t pareado. Utilizaram-se regressões lineares para elaborar os coeficientes de calibração, e realizaram-se testes de sensibilidade e especificidade. Resultados: Os principais resultados apontam que os valores de massa corporal e estatura autorreferidas tendem a ser bem similares aos aferidos, apesar de algumas exceções. Para os adolescentes, notou-se uma subestimação da estatura, ao passo que, para os idosos, houve superestimação. Com relação à massa corporal, houve consistente subestimação da medida autorreferida entre as mulheres. Entre os homens que praticavam menos de 150 minutos semanais de atividade física no lazer, notou-se superestimação do índice de massa corporal. O processo de calibração das medidas autorreferidas tornou-as mais concordantes com as medidas aferidas, aumentando a sensibilidade na classificação do estado nutricional entre as mulheres e a especificidade entre os homens. Conclusões: As medidas autorreferidas de estatura, massa corporal e índice de massa corporal forneceram medidas válidas e confiáveis, apresentando melhoras substanciais após a calibração.

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Main Authors: Teixeira,Inaian Pignatti, Pereira,Jaqueline Lopes, Barbosa,João Paulo dos Anjos Souza, Mello,Aline Veroneze de, Onita,Bianca Mitie, Fisberg,Regina Mara, Florindo,Alex Antonio
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2021000100431
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spelling oai:scielo:S1415-790X20210001004312021-08-05Validade da massa corporal e da estatura autorreferidas: relações com sexo, idade, atividade física e fatores de risco cardiometabólicosTeixeira,Inaian PignattiPereira,Jaqueline LopesBarbosa,João Paulo dos Anjos SouzaMello,Aline Veroneze deOnita,Bianca MitieFisberg,Regina MaraFlorindo,Alex Antonio Estudo de validação Inquéritos epidemiológicos Peso corporal Estatura Índice de massa corporal Sensibilidade e especificidade RESUMO: Objetivo: Avaliar a validade da massa corporal e da estatura autorreferidas em adolescentes, adultos e idosos segundo sexo, idade, nível de atividade física no lazer, estado nutricional e fatores de risco cardiometabólicos. Métodos: Participaram do estudo 856 sujeitos, com 12 anos ou mais, que responderam ao Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA-2015) e que possuíam a massa corporal e a estatura autorreferidas e aferidas. Com base no índice de massa corporal, realizou-se uma classificação do estado nutricional de acordo com critérios padronizados para cada fase da vida. A validade das medidas autorreferidas foi examinada usando o coeficiente de correlação intraclasse, Bland-Altman e o teste t pareado. Utilizaram-se regressões lineares para elaborar os coeficientes de calibração, e realizaram-se testes de sensibilidade e especificidade. Resultados: Os principais resultados apontam que os valores de massa corporal e estatura autorreferidas tendem a ser bem similares aos aferidos, apesar de algumas exceções. Para os adolescentes, notou-se uma subestimação da estatura, ao passo que, para os idosos, houve superestimação. Com relação à massa corporal, houve consistente subestimação da medida autorreferida entre as mulheres. Entre os homens que praticavam menos de 150 minutos semanais de atividade física no lazer, notou-se superestimação do índice de massa corporal. O processo de calibração das medidas autorreferidas tornou-as mais concordantes com as medidas aferidas, aumentando a sensibilidade na classificação do estado nutricional entre as mulheres e a especificidade entre os homens. Conclusões: As medidas autorreferidas de estatura, massa corporal e índice de massa corporal forneceram medidas válidas e confiáveis, apresentando melhoras substanciais após a calibração.info:eu-repo/semantics/openAccessAssociação Brasileira de Saúde ColetivaRevista Brasileira de Epidemiologia v.24 20212021-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2021000100431pt10.1590/1980-549720210043
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