Acidentes e violências entre mulheres atendidas em Serviços de Emergência Sentinela - Brasil, 2009

As causas externas afetam de maneira desigual as populações humanas. O presente artigo tem como objetivo analisar os atendimentos de emergência em mulheres vítimas de acidentes e violências. Foram analisados dados do inquérito de Vigilância de Violências e Acidentes em 74 Unidades de Emergência de 23 capitais e no Distrito Federal em 2009. Analisaram-se 6.965 atendimentos de mulheres adultas comparando-se as faixas de 20-39 e 40-59 anos, em relação a ocorrência de acidentes e violências. Os acidentes foram mais frequentes em mulheres jovens (20 a 39 anos), de cor negra e com escolaridade maior que 9 anos de estudo. A ocorrência de violência também foi predominante em mulheres jovens e negras, porém com menor escolaridade. Entre os acidentes predominaram as quedas (38,6%), seguidas de acidentes de transporte. As violências foram mais frequentes no domicílio (p < 0,000) e a referencia ao uso de álcool predominou entre as vítimas de violência. O tipo de violência mais frequente foi a agressão (84,6%), sendo o agressor do sexo masculino (79,1%) e identificado como parceiro íntimo em 44,1%. É cada vez mais relevante que os serviços estejam capacitados para a atenção integral e humanizada às vítimas desse importante problema de saúde pública.

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Bibliographic Details
Main Authors: Rodrigues,Celeste de Souza, Malta,Deborah Carvalho, Godinho,Tatau, Mascarenhas,Márcio Dênis Medeiros, Silva,Marta Maria Alves da, Silva,Rurany Ester
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2012
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000900013
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Summary:As causas externas afetam de maneira desigual as populações humanas. O presente artigo tem como objetivo analisar os atendimentos de emergência em mulheres vítimas de acidentes e violências. Foram analisados dados do inquérito de Vigilância de Violências e Acidentes em 74 Unidades de Emergência de 23 capitais e no Distrito Federal em 2009. Analisaram-se 6.965 atendimentos de mulheres adultas comparando-se as faixas de 20-39 e 40-59 anos, em relação a ocorrência de acidentes e violências. Os acidentes foram mais frequentes em mulheres jovens (20 a 39 anos), de cor negra e com escolaridade maior que 9 anos de estudo. A ocorrência de violência também foi predominante em mulheres jovens e negras, porém com menor escolaridade. Entre os acidentes predominaram as quedas (38,6%), seguidas de acidentes de transporte. As violências foram mais frequentes no domicílio (p < 0,000) e a referencia ao uso de álcool predominou entre as vítimas de violência. O tipo de violência mais frequente foi a agressão (84,6%), sendo o agressor do sexo masculino (79,1%) e identificado como parceiro íntimo em 44,1%. É cada vez mais relevante que os serviços estejam capacitados para a atenção integral e humanizada às vítimas desse importante problema de saúde pública.