Abandono do atendimento em uma clínica-escola de psicologia infantil: variáveis associadas

O objetivo deste estudo retrospectivo foi levantar taxas de desistência e abandono do atendimento em uma clínica-escola de psicologia infantil e identificar fatores de risco sócio-demográficos, clínicos e familiares para ambos os desfechos. Dados de 258 crianças foram obtidos nos prontuários. Desistiram do atendimento logo após a entrevista inicial 16% das famílias. Entre as famílias não desistentes, 49% interromperam o atendimento antes da alta. Foram comparados, quanto aos fatores de risco, os grupos desistente e não desistente. Além disso, no grupo não desistente, os subgrupos abandono (clientes que compareceram ao menos uma vez antes de interromperem o tratamento) e alta clínica (clientes que persistiram até o final do atendimento) também foram comparados. Famílias desistentes apresentaram mais crianças nas séries iniciais, com menos problemas de comportamento. O abandono foi associado a menor recurso cognitivo e menor idade da criança, pai mais jovem e maior exposição da família a estresse psicossocial.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Mantovani,Carina Cella Panaia, Marturano,Edna Maria, Silvares,Edwiges Ferreira de Mattos
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2010
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722010000300010
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:O objetivo deste estudo retrospectivo foi levantar taxas de desistência e abandono do atendimento em uma clínica-escola de psicologia infantil e identificar fatores de risco sócio-demográficos, clínicos e familiares para ambos os desfechos. Dados de 258 crianças foram obtidos nos prontuários. Desistiram do atendimento logo após a entrevista inicial 16% das famílias. Entre as famílias não desistentes, 49% interromperam o atendimento antes da alta. Foram comparados, quanto aos fatores de risco, os grupos desistente e não desistente. Além disso, no grupo não desistente, os subgrupos abandono (clientes que compareceram ao menos uma vez antes de interromperem o tratamento) e alta clínica (clientes que persistiram até o final do atendimento) também foram comparados. Famílias desistentes apresentaram mais crianças nas séries iniciais, com menos problemas de comportamento. O abandono foi associado a menor recurso cognitivo e menor idade da criança, pai mais jovem e maior exposição da família a estresse psicossocial.