Raciocínio lógico na compreensão de texto

Lea, O'Brien, Fish, Noveck e Braine (1990) investigaram inferências lógicas efetuadas por informantes universitários do curso de Psicologia, durante leitura, e encontraram que informantes realizam inferências da lógica proposicional de maneira espontânea e automática. Perguntou-se: será que os alunos de Matemática demonstram raciocínio lógico mais desenvolvido que os alunos de Letras, tendo como responsáveis as disciplinas por eles cursadas? Informantes dos dois cursos foram entrevistados com o objetivo de investigar se o trabalho mental exigido pelas disciplinas cursadas favorece ou não o desenvolvimento do raciocínio lógico. Todos passaram por duas fases: tarefa de conclusão e tarefa de reconhecimento. Na primeira responderam a problemas silogísticos, e na segunda indicaram informações literais e inferenciais apresentadas nas histórias, com objetivo de observar se eles reconheceriam as sentenças como informações presentes no texto ou eram resultados de inferências feitas. A primeira tarefa confirmou que os informantes realizam inferências automaticamente. Na segunda tarefa os mesmos acreditaram que a paráfrase tinha sido apresentada explicitamente no texto, e raramente acreditavam que as sentenças foram resultados de inferências realizadas por eles. O desempenho dos estudantes de Letras foi melhor de que os de Matemática.

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Bibliographic Details
Main Authors: Rodrigues,Amariles Alves, Dias,Maria da Graça Bompastor Borges, Roazzi,Antonio
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-graduação em Psicologia e do Programa de Pós-graduação em Psicobiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2002
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2002000100012
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Description
Summary:Lea, O'Brien, Fish, Noveck e Braine (1990) investigaram inferências lógicas efetuadas por informantes universitários do curso de Psicologia, durante leitura, e encontraram que informantes realizam inferências da lógica proposicional de maneira espontânea e automática. Perguntou-se: será que os alunos de Matemática demonstram raciocínio lógico mais desenvolvido que os alunos de Letras, tendo como responsáveis as disciplinas por eles cursadas? Informantes dos dois cursos foram entrevistados com o objetivo de investigar se o trabalho mental exigido pelas disciplinas cursadas favorece ou não o desenvolvimento do raciocínio lógico. Todos passaram por duas fases: tarefa de conclusão e tarefa de reconhecimento. Na primeira responderam a problemas silogísticos, e na segunda indicaram informações literais e inferenciais apresentadas nas histórias, com objetivo de observar se eles reconheceriam as sentenças como informações presentes no texto ou eram resultados de inferências feitas. A primeira tarefa confirmou que os informantes realizam inferências automaticamente. Na segunda tarefa os mesmos acreditaram que a paráfrase tinha sido apresentada explicitamente no texto, e raramente acreditavam que as sentenças foram resultados de inferências realizadas por eles. O desempenho dos estudantes de Letras foi melhor de que os de Matemática.