Interacção mãe-filho e qualidade da vinculação em crianças com alterações neuromotoras

O presente trabalho investiga a organização dos processos de vinculação em crianças com alterações neuromotoras. A amostra incluía 11 rapazes e 8 raparigas portadores de paralisia cerebral, cuja idade variava entre os 18 e os 32 meses. Estes participantes foram avaliados através de uma versão adaptada da Situação Estranha. Ignorando os sinais D associados aos quadros de alteração neuromotora, verificou-se que 18 das 19 crianças exibiam padrões de vinculação coerentes; 9 pertenciam à categoria dos seguros, 5 à dos evitantes e 4 à dos ambivalentes. A adequação destas classificações foi plenamente confirmada pela análise da função discriminante. Contrariamente ao esperado, não se detectaram quaisquer relações entre os padrões de vinculação e as características das interacções parentais examinadas mediante a parent/caregiver ilnvolvement scale. A discussão realça as implicações teóricas dos resultados e os possíveis contributos da teoria da vinculação para as práticas no domínio da Intervenção Precoce.¹

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Bibliographic Details
Main Authors: Fuertes,Marina, Santos,Pedro Lopes dos
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Portuguesa de Psicologia (APP) 2003
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-20492003000100003
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Summary:O presente trabalho investiga a organização dos processos de vinculação em crianças com alterações neuromotoras. A amostra incluía 11 rapazes e 8 raparigas portadores de paralisia cerebral, cuja idade variava entre os 18 e os 32 meses. Estes participantes foram avaliados através de uma versão adaptada da Situação Estranha. Ignorando os sinais D associados aos quadros de alteração neuromotora, verificou-se que 18 das 19 crianças exibiam padrões de vinculação coerentes; 9 pertenciam à categoria dos seguros, 5 à dos evitantes e 4 à dos ambivalentes. A adequação destas classificações foi plenamente confirmada pela análise da função discriminante. Contrariamente ao esperado, não se detectaram quaisquer relações entre os padrões de vinculação e as características das interacções parentais examinadas mediante a parent/caregiver ilnvolvement scale. A discussão realça as implicações teóricas dos resultados e os possíveis contributos da teoria da vinculação para as práticas no domínio da Intervenção Precoce.¹