O coming out de gays e lésbicas e as relações familiares

Escrever sobre gays e lésbicas no contexto da psicologia e da psiquiatria portuguesas parece ser ainda pouco frequente. Contudo, escrever sobre gays e lésbicas e família parece ser ainda mais raro, sobretudo se mergulharmos no campo da terapia familiar. Enquanto terapeutas familiares, preocupa-nos esta separação artificial entre o estudo da população gay e lésbica e o estudo da família, uma vez que a sua raiz parece assentar em estereótipos provenientes da cultura popular e académica de que os gays e lésbicas são pessoas desligadas das suas famílias de origem, pouco envolvidas na construção de um projecto conjugal ou familiar, ou mesmo anti-família. Assim, decidimos estudar o tema do coming out e das relações familiares, esperando que a reflexão sobre este tema traga algum contributo, aos níveis teórico e da prática clínica, para os terapeutas portugueses, em geral, e para os terapeutas familiares, em particular.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Frazão,Pedro, Rosário,Renata
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ISPA-Instituto Universitário 2008
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312008000100003
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Escrever sobre gays e lésbicas no contexto da psicologia e da psiquiatria portuguesas parece ser ainda pouco frequente. Contudo, escrever sobre gays e lésbicas e família parece ser ainda mais raro, sobretudo se mergulharmos no campo da terapia familiar. Enquanto terapeutas familiares, preocupa-nos esta separação artificial entre o estudo da população gay e lésbica e o estudo da família, uma vez que a sua raiz parece assentar em estereótipos provenientes da cultura popular e académica de que os gays e lésbicas são pessoas desligadas das suas famílias de origem, pouco envolvidas na construção de um projecto conjugal ou familiar, ou mesmo anti-família. Assim, decidimos estudar o tema do coming out e das relações familiares, esperando que a reflexão sobre este tema traga algum contributo, aos níveis teórico e da prática clínica, para os terapeutas portugueses, em geral, e para os terapeutas familiares, em particular.