Freqüência de síndrome metabólica em pacientes com nefrite lúpica

INTRODUÇÃO: Os pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) apresentam morbimortalidade importante por doenças cardiovasculares (DCV). A síndrome metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco para DCV. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de SM em uma coorte de pacientes com nefrite lúpica em seguimento em um hospital universitário brasileiro, e o seu impacto na doença, além da freqüência de cada fator de risco cardiovascular analisado individualmente. MÉTODOS: Quarenta e seis pacientes com nefrite lúpica foram estudados e classificados de acordo o critério para SM da National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III). RESULTADOS: A SM esteve presente em 30,4% dos pacientes. Foi observada correlação linear entre a presença de SM e níveis baixos de depuração de creatinina e valores altos de creatinina sérica (p < 0,04 e p < 0,008, respectivamente). Não houve correlação com a classificação de nefrite lúpica, duração da doença, dose cumulativa de prednisona, proteinúria de 24 horas e com o escore Systemic Lupus International Collaborating Clinics (SLICC). CONCLUSÃO: Os pacientes brasileiros com nefrite lúpica estudados apresentam alta prevalência de SM, comparável a de estatísticas internacionais. Os únicos fatores relacionados à SM nessa população foram os que definem a presença de dano renal crônico.

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Bibliographic Details
Main Authors: Cunha,Bernardo Matos da, Klumb,Evandro Mendes, Moura,Jaqueline Quintanilha, Santos,Amanda, Pinheiro,Geraldo da Rocha Castelar, Albuquerque,Elisa M. N., Levy,Roger Abramino
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Reumatologia 2008
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042008000500003
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Summary:INTRODUÇÃO: Os pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) apresentam morbimortalidade importante por doenças cardiovasculares (DCV). A síndrome metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco para DCV. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de SM em uma coorte de pacientes com nefrite lúpica em seguimento em um hospital universitário brasileiro, e o seu impacto na doença, além da freqüência de cada fator de risco cardiovascular analisado individualmente. MÉTODOS: Quarenta e seis pacientes com nefrite lúpica foram estudados e classificados de acordo o critério para SM da National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III). RESULTADOS: A SM esteve presente em 30,4% dos pacientes. Foi observada correlação linear entre a presença de SM e níveis baixos de depuração de creatinina e valores altos de creatinina sérica (p < 0,04 e p < 0,008, respectivamente). Não houve correlação com a classificação de nefrite lúpica, duração da doença, dose cumulativa de prednisona, proteinúria de 24 horas e com o escore Systemic Lupus International Collaborating Clinics (SLICC). CONCLUSÃO: Os pacientes brasileiros com nefrite lúpica estudados apresentam alta prevalência de SM, comparável a de estatísticas internacionais. Os únicos fatores relacionados à SM nessa população foram os que definem a presença de dano renal crônico.