A carga das neoplasias no Brasil: mortalidade e morbidade hospitalar entre 2002-2004

OBJETIVO: Descrever a morbidade hospitalar e a mortalidade por neoplasias no Brasil e regiões segundo gênero. MÉTODOS: Os dados de óbitos foram obtidos junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade e os de morbidade hospitalar no Sistema de Informações Hospitalares. Os óbitos foram categorizados segundo as localizações primárias do tumor, selecionadas de acordo com a décima revisão da Classificação Internacional de Doenças. Os dados populacionais são oriundos das estimativas intercensitárias do IBGE. O período de análise foi o triênio 2002-2004, o mais recente com dados de mortalidade no Brasil. Optou-se por calcular a média desse período para conferir maior estabilidade às taxas. RESULTADOS: Entre 2002 e 2004 ocorreram 405.415 óbitos por neoplasias no Brasil. As maiores taxas de mortalidade foram identificadas nas regiões Sul e Sudeste. Entre os homens, o câncer de traquéia, brônquios e pulmões foi a neoplasia maligna que apresentou maior mortalidade e entre as mulher foi o câncer de mama. Este agravo e o câncer de colo uterino foram os que mais demandaram internações, e a leucemia apresentou o maior custo médio e custo total em internações. CONCLUSÕES: A carga das neoplasias é extremamente elevada no Brasil e medidas públicas de caráter populacional devem ser priorizadas para o efetivo controle da morbidade e da mortalidade por este agravo.

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Bibliographic Details
Main Authors: Boing,Antonio Fernando, Vargas,Silvia Angélica López, Boing,Alexandra Crispim
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Médica Brasileira 2007
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000400016
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Summary:OBJETIVO: Descrever a morbidade hospitalar e a mortalidade por neoplasias no Brasil e regiões segundo gênero. MÉTODOS: Os dados de óbitos foram obtidos junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade e os de morbidade hospitalar no Sistema de Informações Hospitalares. Os óbitos foram categorizados segundo as localizações primárias do tumor, selecionadas de acordo com a décima revisão da Classificação Internacional de Doenças. Os dados populacionais são oriundos das estimativas intercensitárias do IBGE. O período de análise foi o triênio 2002-2004, o mais recente com dados de mortalidade no Brasil. Optou-se por calcular a média desse período para conferir maior estabilidade às taxas. RESULTADOS: Entre 2002 e 2004 ocorreram 405.415 óbitos por neoplasias no Brasil. As maiores taxas de mortalidade foram identificadas nas regiões Sul e Sudeste. Entre os homens, o câncer de traquéia, brônquios e pulmões foi a neoplasia maligna que apresentou maior mortalidade e entre as mulher foi o câncer de mama. Este agravo e o câncer de colo uterino foram os que mais demandaram internações, e a leucemia apresentou o maior custo médio e custo total em internações. CONCLUSÕES: A carga das neoplasias é extremamente elevada no Brasil e medidas públicas de caráter populacional devem ser priorizadas para o efetivo controle da morbidade e da mortalidade por este agravo.