Oncogenicidade do papilomavírus humano e o grau de neoplasia intra-epitelial anal em doentes HIV positivo

OBJETIVO: Avaliar se o grau de neoplasia intra-epitelial anal (NIA) está associado ao tipo do HPV em doentes HIV positivo, já que esses apresentam imunodepressão durante longos períodos. MÉTODOS: Identificamos os tipos do HPV, pelo método da reação em cadeia da polimerase (PCR), e realizamos exame anatomo-patológico para avaliar o grau de NIA em 39 homens HIV positivo portadores de condilomas acuminados perianais. RESULTADOS: Observamos NIA de alto grau em nove (23,1%) e NIA de baixo grau em 30 doentes (76,9%). Os tipos virais mais observados foram os não oncogênicos 6 e 11 em 64% e os oncogênicos 16, 18 e 31 em 20,5%. Não identificamos o tipo viral em quatro doentes (10,2%), embora o teste revelasse a presença do DNA viral. Comparando o padrão histológico e os tipos virais, observamos que os tipos não oncogênicos do HPV também podem estar associados ao desenvolvimento de NIA de alto grau. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos nas condições de execução deste estudo permitem concluir que tanto os tipos oncogênicos como os não oncogênicos de HPV podem estar associados ao desenvolvimento de NIA de alto grau em doentes HIV positivo.

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Bibliographic Details
Main Authors: Manzione,Carmen Ruth, Nadal,Sidney Roberto, Calore,Edenilson Eduardo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Médica Brasileira 2004
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000300035
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Summary:OBJETIVO: Avaliar se o grau de neoplasia intra-epitelial anal (NIA) está associado ao tipo do HPV em doentes HIV positivo, já que esses apresentam imunodepressão durante longos períodos. MÉTODOS: Identificamos os tipos do HPV, pelo método da reação em cadeia da polimerase (PCR), e realizamos exame anatomo-patológico para avaliar o grau de NIA em 39 homens HIV positivo portadores de condilomas acuminados perianais. RESULTADOS: Observamos NIA de alto grau em nove (23,1%) e NIA de baixo grau em 30 doentes (76,9%). Os tipos virais mais observados foram os não oncogênicos 6 e 11 em 64% e os oncogênicos 16, 18 e 31 em 20,5%. Não identificamos o tipo viral em quatro doentes (10,2%), embora o teste revelasse a presença do DNA viral. Comparando o padrão histológico e os tipos virais, observamos que os tipos não oncogênicos do HPV também podem estar associados ao desenvolvimento de NIA de alto grau. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos nas condições de execução deste estudo permitem concluir que tanto os tipos oncogênicos como os não oncogênicos de HPV podem estar associados ao desenvolvimento de NIA de alto grau em doentes HIV positivo.