O ser-com o filho com deficiência mental: alguns desvelamentos

A compreensão do cuidar do filho com deficiência mental se faz relevante diante da importância das relações estabelecidas entre pais e filhos para a saúde mental da criança. Nesta investigação foi usado o referencial teórico-metodológico da fenomenologia, que se propõe a desocultar facetas de um fenômeno que se encontram obscuras. Onze casais e duas mães com filhos com deficiência mental foram entrevistados, tendo-se a seguinte questão norteadora: "como vem sendo cuidar de seu filho?". Os relatos foram analisados segundo a busca das convergências e foi possível compreender que, para os pais investigados, há uma dificuldade de conceber o ser-com-deficiência, e o conhecimento experiencial é relevante para encontrar meios de favorecer o seu desenvolvimento; o apego ao filho é vivido como possibilidade de reconhecimento da diversidade humana. Os pais se mostraram participantes no cuidado, embora com atitudes ainda permeadas por concepções de que essa responsabilidade caberia à mãe.

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Bibliographic Details
Main Authors: Souza,Luciana Gomes Almeida de, Boemer,Magali Roseira
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Programa de Pós-Graduação em Psicologia 2003
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-863X2003000300010
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Description
Summary:A compreensão do cuidar do filho com deficiência mental se faz relevante diante da importância das relações estabelecidas entre pais e filhos para a saúde mental da criança. Nesta investigação foi usado o referencial teórico-metodológico da fenomenologia, que se propõe a desocultar facetas de um fenômeno que se encontram obscuras. Onze casais e duas mães com filhos com deficiência mental foram entrevistados, tendo-se a seguinte questão norteadora: "como vem sendo cuidar de seu filho?". Os relatos foram analisados segundo a busca das convergências e foi possível compreender que, para os pais investigados, há uma dificuldade de conceber o ser-com-deficiência, e o conhecimento experiencial é relevante para encontrar meios de favorecer o seu desenvolvimento; o apego ao filho é vivido como possibilidade de reconhecimento da diversidade humana. Os pais se mostraram participantes no cuidado, embora com atitudes ainda permeadas por concepções de que essa responsabilidade caberia à mãe.