Ivermectina e abamectina em diferentes doses e vias de aplicação contra larvas de Cochliomyia hominivorax em bolsas escrotais de bovinos recém-castrados, provenientes da região sudeste do Brasil

Avaliou-se a eficácia preventiva da ivermectina e da abamectina, administradas em diferentes vias (subcutânea, intramuscular e pour-on) e doses (200 e 500mcg kg-1), contra larvas de Cochliomyia hominivorax em bolsas escrotais de bovinos após a castração. Foram utilizados animais de seis propriedades do estado de São Paulo e Minas Gerais, Brasil. Para cada estudo, selecionou-se de 30 a 45 bovinos não castrados, dependendo do número de grupos. No dia zero do estudo, realizou-se o processo de castração pelo método cruento, sendo os animais tratados após este processo. Avaliou-se a eficácia da ivermectina e da abamectina administradas via pour-on (500mcg kg-1), subcutanea (200mcg kg-1), bem como a eficácia da abamectina pela via intramuscular (200mcg kg-1). Em cada experimento, um grupo de animais foi mantido como controle. Os animais foram avaliados do 3° ao 14° dia após o processo de castração/tratamento. Os valores de eficácia para ambos os princípios ativos foram ≤30% próximos ao 10° dia pós-tratamento (DPT), sendo que, em cinco experimentos, tanto a ivermectina quanto a abamectina, independente da via de administração, foram ineficazes (0,0%) no 10°DPT. Com base nos resultados encontrados no presente estudo, conduzidos em diferentes propriedades da região sudeste do Brasil, tanto a ivermectina quanto a abamectina, quando utilizadas com base no protocolo apresentado, foram consideradas ineficazes na prevenção de miíases escrotais em bovinos, independente da via e dose de administração utilizada.

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Bibliographic Details
Main Authors: Lopes,Welber Daniel Zanetti, Teixeira,Weslen Fabricio Pires, Felippelli,Gustavo, Cruz,Breno Cayeiro, Maciel,Willian Giquelin, Matos,Lucas Vinicius Shigaki de, Pereira,João Carlos Melo, Buzzulini,Carolina, Soares,Vando Edésio, Santos,Thais Rabelo dos, Oliveira,Gilson Pereira de, Costa,Alvimar José da
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Maria 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782013001200013
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Description
Summary:Avaliou-se a eficácia preventiva da ivermectina e da abamectina, administradas em diferentes vias (subcutânea, intramuscular e pour-on) e doses (200 e 500mcg kg-1), contra larvas de Cochliomyia hominivorax em bolsas escrotais de bovinos após a castração. Foram utilizados animais de seis propriedades do estado de São Paulo e Minas Gerais, Brasil. Para cada estudo, selecionou-se de 30 a 45 bovinos não castrados, dependendo do número de grupos. No dia zero do estudo, realizou-se o processo de castração pelo método cruento, sendo os animais tratados após este processo. Avaliou-se a eficácia da ivermectina e da abamectina administradas via pour-on (500mcg kg-1), subcutanea (200mcg kg-1), bem como a eficácia da abamectina pela via intramuscular (200mcg kg-1). Em cada experimento, um grupo de animais foi mantido como controle. Os animais foram avaliados do 3° ao 14° dia após o processo de castração/tratamento. Os valores de eficácia para ambos os princípios ativos foram ≤30% próximos ao 10° dia pós-tratamento (DPT), sendo que, em cinco experimentos, tanto a ivermectina quanto a abamectina, independente da via de administração, foram ineficazes (0,0%) no 10°DPT. Com base nos resultados encontrados no presente estudo, conduzidos em diferentes propriedades da região sudeste do Brasil, tanto a ivermectina quanto a abamectina, quando utilizadas com base no protocolo apresentado, foram consideradas ineficazes na prevenção de miíases escrotais em bovinos, independente da via e dose de administração utilizada.