Qualidade de vida, saúde e trabalho de professores do ensino fundamental

Resumo Objetivo Avaliar a qualidade de vida de professores do ensino fundamental e comparar com fatores sociodemográficos, situação funcional, distúrbios de voz, transtornos mentais comuns e sintomas osteomusculares. Métodos Estudo transversal com professores do ensino fundamental da rede pública municipal na capital do Estado de Mato Grosso, selecionados por amostragem probabilística. Os instrumentos de pesquisa foram: World Health Organization Quality Life-bref (WHOQOL-bref), Condição de Produção Vocal do Professor, Índice de Triagem de Distúrbio de Voz, o Self-Reporting Questionnaire e o Nordic Musculoskeletal Questionnaire. Foram realizadas estatísticas descritivas de frequência, tendência central e dispersão e análises inferenciais com testes de Wilcoxon, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, nível de significância ≤ 0,05. Resultados Foram analisados os dados de 326 professores, com média de idade de 43,01 anos e 87,12% do sexo feminino. Em análise geral dos níveis de qualidade de vida, a menor mediana foi observada no domínio “meio ambiente” (53,13; p<0,001). Em alguns domínios do WHOQOL-bref houve diferenças entre grupos quanto ao sexo, escolaridade, tempo de deslocamento casa/trabalho, carga horária e vínculo empregatício e queixas osteomusculares. A presença de distúrbio de voz e de transtorno mental comum indicaram diferenças estatísticas significativas em todos os domínios e nas duas questões gerais do WHOQOL-bref. Conclusão A qualidade de vida apresentou menores escores no domínio “meio ambiente” e alguns domínios diferiram quanto ao sexo, escolaridade, tempo de deslocamento da casa para trabalho, carga horária e vínculo empregatício. As presenças de distúrbio de voz, transtorno mental comum e queixas de sintomas osteomusculares afetam a qualidade de vida dos professores.

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Bibliographic Details
Main Authors: Santos,Ediálida Costa, Espinosa,Mariano Martínez, Marcon,Samira Reschetti
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo 2020
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002020000100415
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Description
Summary:Resumo Objetivo Avaliar a qualidade de vida de professores do ensino fundamental e comparar com fatores sociodemográficos, situação funcional, distúrbios de voz, transtornos mentais comuns e sintomas osteomusculares. Métodos Estudo transversal com professores do ensino fundamental da rede pública municipal na capital do Estado de Mato Grosso, selecionados por amostragem probabilística. Os instrumentos de pesquisa foram: World Health Organization Quality Life-bref (WHOQOL-bref), Condição de Produção Vocal do Professor, Índice de Triagem de Distúrbio de Voz, o Self-Reporting Questionnaire e o Nordic Musculoskeletal Questionnaire. Foram realizadas estatísticas descritivas de frequência, tendência central e dispersão e análises inferenciais com testes de Wilcoxon, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, nível de significância ≤ 0,05. Resultados Foram analisados os dados de 326 professores, com média de idade de 43,01 anos e 87,12% do sexo feminino. Em análise geral dos níveis de qualidade de vida, a menor mediana foi observada no domínio “meio ambiente” (53,13; p<0,001). Em alguns domínios do WHOQOL-bref houve diferenças entre grupos quanto ao sexo, escolaridade, tempo de deslocamento casa/trabalho, carga horária e vínculo empregatício e queixas osteomusculares. A presença de distúrbio de voz e de transtorno mental comum indicaram diferenças estatísticas significativas em todos os domínios e nas duas questões gerais do WHOQOL-bref. Conclusão A qualidade de vida apresentou menores escores no domínio “meio ambiente” e alguns domínios diferiram quanto ao sexo, escolaridade, tempo de deslocamento da casa para trabalho, carga horária e vínculo empregatício. As presenças de distúrbio de voz, transtorno mental comum e queixas de sintomas osteomusculares afetam a qualidade de vida dos professores.