Miniesternotomia na cirurgia de revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea

OBJETIVO: Os pacientes com lesão isolada da artéria coronária descendente anterior (ADA) se beneficiam mais do tratamento cirúrgico do que com intervenção percutânea. Entretanto, com a menor invasividade da intervenção percutânea, a maioria dos pacientes tem sido direcionada para este procedimento. Relatamos a utilização da miniesternotomia inferior como abordagem para o tratamento de pacientes com lesão única de ADA, com anastomose do enxerto de artéria torácica interna esquerda (ATIE), sem uso de circulação extracorpórea (CEC). MÉTODO: Foram estudados 14 pacientes operados consecutivamente utilizando esta técnica, na qual o enxerto de ATIE foi anastomosado à ADA. A idade média dos pacientes foi 56,7±10,1 anos. A incisão cutânea tinha entre 7 e 9 cm e a porção inferior do esterno foi aberta longitudinalmente. A anastomose foi facilitada com o uso de estabilizadores Octopus-3® (Medtronic). RESULTADOS: Todos os pacientes tiveram boa evolução pós-operatória, com alta hospitalar entre 2 e 6 dias de PO (mediana 3 dias). Não houve alteração de ECG ou elevação enzimática neste grupo. Um paciente foi reinternado por infecção de ferida operatória. CONCLUSÃO: A miniesternotomia permite a realização segura do procedimento cirúrgico de revascularização miocárdica da ADA, sem CEC, com benefício em longo-termo do uso da ATIE.

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Bibliographic Details
Main Authors: Gomes,Walter J., Pereira,Rogério A., Morés,Fernando, Alves,Francisco A.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 2005
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382005000400005
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Description
Summary:OBJETIVO: Os pacientes com lesão isolada da artéria coronária descendente anterior (ADA) se beneficiam mais do tratamento cirúrgico do que com intervenção percutânea. Entretanto, com a menor invasividade da intervenção percutânea, a maioria dos pacientes tem sido direcionada para este procedimento. Relatamos a utilização da miniesternotomia inferior como abordagem para o tratamento de pacientes com lesão única de ADA, com anastomose do enxerto de artéria torácica interna esquerda (ATIE), sem uso de circulação extracorpórea (CEC). MÉTODO: Foram estudados 14 pacientes operados consecutivamente utilizando esta técnica, na qual o enxerto de ATIE foi anastomosado à ADA. A idade média dos pacientes foi 56,7±10,1 anos. A incisão cutânea tinha entre 7 e 9 cm e a porção inferior do esterno foi aberta longitudinalmente. A anastomose foi facilitada com o uso de estabilizadores Octopus-3® (Medtronic). RESULTADOS: Todos os pacientes tiveram boa evolução pós-operatória, com alta hospitalar entre 2 e 6 dias de PO (mediana 3 dias). Não houve alteração de ECG ou elevação enzimática neste grupo. Um paciente foi reinternado por infecção de ferida operatória. CONCLUSÃO: A miniesternotomia permite a realização segura do procedimento cirúrgico de revascularização miocárdica da ADA, sem CEC, com benefício em longo-termo do uso da ATIE.