PSICANÁLISE E POLÍTICA: POR UMA PRÁTICA DA INCOMPLETUDE
RESUMO O presente artigo desenvolve uma discussão acerca das relações entre psicanálise e política, constatando inicialmente um paradoxo nesta relação, já que, apesar de uma recusa mútua, as interlocuções são historicamente inumeráveis e profícuas. A partir daí considera as proposições políticas da psicanálise a partir da sua noção de sujeito e da discussão lógica entre o universal e o contingente. Em seguida, enveredando por uma discussão ôntica, apresenta todo o processo histórico de emergência do mundo moderno e contemporâneo, cotejando as obras de Foucault e Lacan, e denunciado a gênese das lógicas segregacionistas a partir da instalação do saber como principal operador político na modernidade. Objetiva, com isso, realizar uma relevante discussão sobre os efeitos para o sujeito das transformações no mundo atual e sua ideologia principal, o “apoliticismo bio-político”, ilustrada por todo o processo hegemônico de globalização e pela lógica neoliberal.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Brasileira de Psicologia Social
2019
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822019000100227 |
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Summary: | RESUMO O presente artigo desenvolve uma discussão acerca das relações entre psicanálise e política, constatando inicialmente um paradoxo nesta relação, já que, apesar de uma recusa mútua, as interlocuções são historicamente inumeráveis e profícuas. A partir daí considera as proposições políticas da psicanálise a partir da sua noção de sujeito e da discussão lógica entre o universal e o contingente. Em seguida, enveredando por uma discussão ôntica, apresenta todo o processo histórico de emergência do mundo moderno e contemporâneo, cotejando as obras de Foucault e Lacan, e denunciado a gênese das lógicas segregacionistas a partir da instalação do saber como principal operador político na modernidade. Objetiva, com isso, realizar uma relevante discussão sobre os efeitos para o sujeito das transformações no mundo atual e sua ideologia principal, o “apoliticismo bio-político”, ilustrada por todo o processo hegemônico de globalização e pela lógica neoliberal. |
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