Companheiros servidores: o avanço do sindicalismo do setor público na CUT

Desde sua fundação, em 1983, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem apresentado uma crescente participação de trabalhadores do setor público em suas instâncias deliberativas e organismos dirigentes. O artigo investiga como e por quais meios os servidores públicos influenciam as decisões políticas da Central. O trabalho está dividido em duas partes. Na primeira, o peso relativo dos trabalhadores do setor público na CUT é apresentado por meio da análise da participação desses trabalhadores nos congressos nacionais da Central e na composição das direções estaduais e nacional da entidade, e da sua participação no sindicalismo cutista em termos de número de sindicalizados e sócios quites. Na segunda parte, analisando o episódio da negociação da reforma da Previdência, procura-se demonstrar que, não obstante seu peso quantitativo, os sindicatos do setor público não dominam o processo de tomada de decisão política na Central.

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Bibliographic Details
Main Author: Silva,Sidney Jard da
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais - ANPOCS 2001
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092001000200007
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Summary:Desde sua fundação, em 1983, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem apresentado uma crescente participação de trabalhadores do setor público em suas instâncias deliberativas e organismos dirigentes. O artigo investiga como e por quais meios os servidores públicos influenciam as decisões políticas da Central. O trabalho está dividido em duas partes. Na primeira, o peso relativo dos trabalhadores do setor público na CUT é apresentado por meio da análise da participação desses trabalhadores nos congressos nacionais da Central e na composição das direções estaduais e nacional da entidade, e da sua participação no sindicalismo cutista em termos de número de sindicalizados e sócios quites. Na segunda parte, analisando o episódio da negociação da reforma da Previdência, procura-se demonstrar que, não obstante seu peso quantitativo, os sindicatos do setor público não dominam o processo de tomada de decisão política na Central.