Movimentos sociais: revisitando a participação e a institucionalização

Este artigo analisa os efeitos da inserção institucional em arranjos participativos sobre os padrões de ação coletiva de movimentos sociais, no que se refere à formação organizacional, relacional e discursiva dos atores. As transformações nos movimentos sociais foram examinadas a partir da comparação intertemporal de seus padrões de ação ao longo de três décadas (1980-2010), mediante instrumentos metodológicos do método qualitativo (análise documental e entrevista em profundidade) e quantitativo (survey). O estudo comparado da Federação das Associações de Moradores da Serra e do Centro de Defesa de Direitos Humanos da Serra, localizados no Espírito Santo, demonstra que movimentos institucionalmente inseridos combinam: 1. complexificação da estrutura organizacional e participação dos militantes; 2. relações com instituições políticas e outros movimentos ou entidades não institucionais e 3. interações cooperativas e contestatórias na relação sociedade-Estado.

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Bibliographic Details
Main Author: Carlos,Euzeneia
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: CEDEC 2011
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452011000300011
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Summary:Este artigo analisa os efeitos da inserção institucional em arranjos participativos sobre os padrões de ação coletiva de movimentos sociais, no que se refere à formação organizacional, relacional e discursiva dos atores. As transformações nos movimentos sociais foram examinadas a partir da comparação intertemporal de seus padrões de ação ao longo de três décadas (1980-2010), mediante instrumentos metodológicos do método qualitativo (análise documental e entrevista em profundidade) e quantitativo (survey). O estudo comparado da Federação das Associações de Moradores da Serra e do Centro de Defesa de Direitos Humanos da Serra, localizados no Espírito Santo, demonstra que movimentos institucionalmente inseridos combinam: 1. complexificação da estrutura organizacional e participação dos militantes; 2. relações com instituições políticas e outros movimentos ou entidades não institucionais e 3. interações cooperativas e contestatórias na relação sociedade-Estado.