Inclusão escolar de crianças com deficiência múltipla: concepções de pais e professores

O presente trabalho teve como objetivo identificar as concepções dos pais e dos professores de crianças com deficiência múltipla sobre a inclusão escolar e social dessas crianças. Participaram deste estudo 10 famílias (sete casais e três mães) e 10 professoras de crianças deficientes múltiplas, atendidas pelo Programa de Atendimento a Deficientes Múltiplos da Secretaria do Estado de Educação do Distrito Federal. Utilizaram-se entrevistas semi-estruturadas com os pais e os professores e observações no ambiente escolar. Os resultados indicaram que os pais percebem a deficiência do filho como algo que acarreta grande sofrimento e que traz comprometimentos sociais, principalmente relacionados ao trabalho. Os pais e os professores acreditam não ser possível a inclusão escolar dessas crianças, por conceberem o desenvolvimento delas como inexistente e por considerarem a escola de ensino regular despreparada para recebê-las.

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Bibliographic Details
Main Authors: Silveira,Flávia Furtado, Neves,Marisa Maria Brito da Justa
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília 2006
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722006000100010
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Description
Summary:O presente trabalho teve como objetivo identificar as concepções dos pais e dos professores de crianças com deficiência múltipla sobre a inclusão escolar e social dessas crianças. Participaram deste estudo 10 famílias (sete casais e três mães) e 10 professoras de crianças deficientes múltiplas, atendidas pelo Programa de Atendimento a Deficientes Múltiplos da Secretaria do Estado de Educação do Distrito Federal. Utilizaram-se entrevistas semi-estruturadas com os pais e os professores e observações no ambiente escolar. Os resultados indicaram que os pais percebem a deficiência do filho como algo que acarreta grande sofrimento e que traz comprometimentos sociais, principalmente relacionados ao trabalho. Os pais e os professores acreditam não ser possível a inclusão escolar dessas crianças, por conceberem o desenvolvimento delas como inexistente e por considerarem a escola de ensino regular despreparada para recebê-las.