Estudo de base populacional da subutilização de medicamentos por motivos financeiros entre idosos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
O objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência e avaliar os fatores associados à subutilização de medicamentos por motivos financeiros em amostra representativa de 1.134 idosos, residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. A prevalência da subutilização foi de 12,9%, estando independentemente associada à renda pessoal mensal inferior a dois salários mínimos (RP = 0,57; IC95%: 0,34-0,97), à filiação a plano privado de saúde (RP = 0,68; IC95%: 0,46-0,99), à freqüência com que o profissional de saúde esclareceu sobre a saúde/tratamento (raramente/nunca, RP = 1,79; IC95%: 1,10-2,90), à auto-avaliação de saúde (razoável, RP = 1,66; IC95%: 0,95-2,90 e ruim/muito ruim, RP = 2,49; IC95%: 1,38-4,48) e ao número de condições crônicas (uma, RP = 2,51; IC95%: 0,99-6,35; duas, RP = 3,51; IC95%: 1,40-8,72 e três ou mais, RP = 4,52; IC95%: 1,79-11,41). Os resultados confirmam a importância dos aspectos sócio-econômicos para a subutilização, mas indicam que sua determinação também está ligada à qualidade da comunicação médico-paciente. Evidencia-se ainda uma situação de risco para idosos em piores condições de saúde.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
2009
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009000700016 |
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Summary: | O objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência e avaliar os fatores associados à subutilização de medicamentos por motivos financeiros em amostra representativa de 1.134 idosos, residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. A prevalência da subutilização foi de 12,9%, estando independentemente associada à renda pessoal mensal inferior a dois salários mínimos (RP = 0,57; IC95%: 0,34-0,97), à filiação a plano privado de saúde (RP = 0,68; IC95%: 0,46-0,99), à freqüência com que o profissional de saúde esclareceu sobre a saúde/tratamento (raramente/nunca, RP = 1,79; IC95%: 1,10-2,90), à auto-avaliação de saúde (razoável, RP = 1,66; IC95%: 0,95-2,90 e ruim/muito ruim, RP = 2,49; IC95%: 1,38-4,48) e ao número de condições crônicas (uma, RP = 2,51; IC95%: 0,99-6,35; duas, RP = 3,51; IC95%: 1,40-8,72 e três ou mais, RP = 4,52; IC95%: 1,79-11,41). Os resultados confirmam a importância dos aspectos sócio-econômicos para a subutilização, mas indicam que sua determinação também está ligada à qualidade da comunicação médico-paciente. Evidencia-se ainda uma situação de risco para idosos em piores condições de saúde. |
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