O perfil do idoso de baixa renda no Município de São Carlos, São Paulo, Brasil: um estudo epidemiológico
O presente estudo delineou o perfil de saúde de uma população idosa, residente em São Carlos, São Paulo, Brasil, no ano de 2003. A população do estudo (n = 523) foi constituída pelo universo de pessoas com sessenta anos e mais, cadastradas no Programa Saúde da Família e no Cartão Nacional de Saúde. A prevalência de incapacidades, doenças crônicas e estado cognitivo foi estimada por ponto e por intervalos, construídos com 95% de confiança. Os resultados do estudo mostraram um predomínio de mulheres com baixa escolaridade; 24,8% referiram não receber aposentadoria ou pensão; 43,6% relataram não participar de atividades de integração social; 46,7% necessitavam de ajuda para realizar de uma a três atividades da vida diária. Com relação à morbidade, 74,9% eram portadores de 1 a 5 doenças crônicas não transmissíveis e 56,2% alcançaram escores abaixo de 24 no teste cognitivo, 87% procuraram por serviços de saúde e 22,4% necessitaram de algum tipo de internação. Conclui-se pela necessidade de maior adequação dos profissionais e serviços de saúde para uma efetiva implementação de políticas públicas de atenção adequada aos idosos.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
2004
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2004000600015 |
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Summary: | O presente estudo delineou o perfil de saúde de uma população idosa, residente em São Carlos, São Paulo, Brasil, no ano de 2003. A população do estudo (n = 523) foi constituída pelo universo de pessoas com sessenta anos e mais, cadastradas no Programa Saúde da Família e no Cartão Nacional de Saúde. A prevalência de incapacidades, doenças crônicas e estado cognitivo foi estimada por ponto e por intervalos, construídos com 95% de confiança. Os resultados do estudo mostraram um predomínio de mulheres com baixa escolaridade; 24,8% referiram não receber aposentadoria ou pensão; 43,6% relataram não participar de atividades de integração social; 46,7% necessitavam de ajuda para realizar de uma a três atividades da vida diária. Com relação à morbidade, 74,9% eram portadores de 1 a 5 doenças crônicas não transmissíveis e 56,2% alcançaram escores abaixo de 24 no teste cognitivo, 87% procuraram por serviços de saúde e 22,4% necessitaram de algum tipo de internação. Conclui-se pela necessidade de maior adequação dos profissionais e serviços de saúde para uma efetiva implementação de políticas públicas de atenção adequada aos idosos. |
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