Paleocanais na plataforma continental interna do Rio Grande do Sul: evidências de uma drenagem fluvial pretérita

Estruturas subsuperficiais da plataforma continental interna do Rio Grande do Sul (RS), no sul do Brasil, registradas através do sistema acústico Sparker®, foram interpretadas como paleocanais, que se desenvolveram sobre um ambiente de planície costeira, anterior à transgressão ocorrida no final do Pleistoceno e início do Holoceno. Dois refletores principais, com expressiva continuidade lateral, foram identificados. O primeiro refletor, mais raso, situa-se entre 10m e 12m em subsuperfície e se caracteriza como uma superfície bastante homogênea, com algumas irregularidades localizadas, de dimensões reduzidas, próximas a feições acanaladas. O segundo refletor, localizado a profundidades que variam entre 14m e 32m, em relação ao fundo marinho, é mais descontínuo e sua superfície mais irregular, com a presença de estruturas erosivas. A análise conjunta dos perfis indica que esta drenagem pretérita apresenta uma orientação N/NE-SE/SO, reduzindo sua profundidade e aumentando sua largura em direção ao mar aberto. A presença de paleocanais na plataforma interna do Rio Grande do Sul reforça os modelos de evolução paleogeográfica da área, conforme propõe os estudos realizados anteriormente.

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Bibliographic Details
Main Authors: Abreu,José Gustavo Natorf de, Calliari,Lauro Júlio
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Geofísica 2005
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-261X2005000200002
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Description
Summary:Estruturas subsuperficiais da plataforma continental interna do Rio Grande do Sul (RS), no sul do Brasil, registradas através do sistema acústico Sparker®, foram interpretadas como paleocanais, que se desenvolveram sobre um ambiente de planície costeira, anterior à transgressão ocorrida no final do Pleistoceno e início do Holoceno. Dois refletores principais, com expressiva continuidade lateral, foram identificados. O primeiro refletor, mais raso, situa-se entre 10m e 12m em subsuperfície e se caracteriza como uma superfície bastante homogênea, com algumas irregularidades localizadas, de dimensões reduzidas, próximas a feições acanaladas. O segundo refletor, localizado a profundidades que variam entre 14m e 32m, em relação ao fundo marinho, é mais descontínuo e sua superfície mais irregular, com a presença de estruturas erosivas. A análise conjunta dos perfis indica que esta drenagem pretérita apresenta uma orientação N/NE-SE/SO, reduzindo sua profundidade e aumentando sua largura em direção ao mar aberto. A presença de paleocanais na plataforma interna do Rio Grande do Sul reforça os modelos de evolução paleogeográfica da área, conforme propõe os estudos realizados anteriormente.