A relacionalidade da ruptura pentecostal: conversão, natalidade e parentesco espiritual em Gana

Resumo: O artigo explora o processo dialógico de deliberação, crítica e intervenção em torno da conversão pentecostal em Gana. Argumento que, sob esta ótica imanente, o tropo Paulino da natalidade cristã (metanoia) tende a ser modulado de acordo com orientações éticas que chamo de evangelística e apostólica, as quais enfatizam, respectivamente, evento e processo, renascimento e maturação espirituais, projetando a conversão em uma temporalidade não linear. Destaco três eixos de realinhamento que caracterizam a maturação espiritual e examino algumas funções e articulações possíveis do parentesco espiritual, que entendo ser a unidade relacional mínima da pedagogia pentecostal. Concluo mostrando que a especificidade cristã dos vínculos de parentesco espiritual tende a ser dissolvida pela articulação dominante, na antropologia do cristianismo, entre descontinuidade temporal e desconexão individualista, e demonstro a sua capacidade de “fazer diferença” na teoria.

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Bibliographic Details
Main Author: Reinhardt,Bruno
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto de Estudos da Religião 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-85872021000100049
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Summary:Resumo: O artigo explora o processo dialógico de deliberação, crítica e intervenção em torno da conversão pentecostal em Gana. Argumento que, sob esta ótica imanente, o tropo Paulino da natalidade cristã (metanoia) tende a ser modulado de acordo com orientações éticas que chamo de evangelística e apostólica, as quais enfatizam, respectivamente, evento e processo, renascimento e maturação espirituais, projetando a conversão em uma temporalidade não linear. Destaco três eixos de realinhamento que caracterizam a maturação espiritual e examino algumas funções e articulações possíveis do parentesco espiritual, que entendo ser a unidade relacional mínima da pedagogia pentecostal. Concluo mostrando que a especificidade cristã dos vínculos de parentesco espiritual tende a ser dissolvida pela articulação dominante, na antropologia do cristianismo, entre descontinuidade temporal e desconexão individualista, e demonstro a sua capacidade de “fazer diferença” na teoria.