Produção de sons em Doradídeos e Auchenopterídeos (Siluriformes, Pisces)
Resumo Este trabalho apresenta os diferentes modos da produção de sons em Doradidae e Auchenopteridae (Siluriformes, Pisces). Isso está estreitamente relacionado aos resultados das observações no campo e das investigações eletrofisiológicas realizadas no INPA, Manaus (agosto 1975 — fevereiro 1976). 1 O aparelho tamborilador nos Doradideos: Doras, Megalodoras (Bacu) e Oxydoras (Cuiú-Cuiú) consiste em uma mola óssea (Ramus Mülleri ou Springfeder), dos músculos tamboriladores e da exomembrana. Um ponto interessante destes gêneros é o fato da mola óssea e a exomembrana estarem firmemente ligados por um tendão muito forte Estas partes formam um sistema oscilatório composto. 2. Acanthodoras (Rabeca) e Trachycorystes (Cangati) não têm estes tendões entre a mola óssea e a exomembrana. 3. Os sons tamborilados de Doras e Oxydoras têm a freqüência fundamental de 60-90 Hz. Esta cota corresponde com a freqüência dos miogramas dos músculos tamboriladores durante a estimulação elétrica Um som tamborilado geralmente dura ca. 40-70 mseg 4. Os sons tamborilados de Acanthodoras (Rabeca) têm uma freqüência fundamental que pode exceder 250 Hz. Nas experiências eletrofisiológicas a freqüência dos miogramas não excede 170 Hz durante a estimulação elétrica. As durações dos sons tamborilados (ao serem segurados pela mão) correspondem às durações dos sons tamborilados causados sob estimulação elétrica da medula (100-200 mseg). 5 Os sons tamborilados de Trachycorystes (Cangati) têm a freqüência fundamental de mais ou menos 120 Hz que podem durar alguns segundos.
Main Author: | |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
1978
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0044-59671978000300455 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | Resumo Este trabalho apresenta os diferentes modos da produção de sons em Doradidae e Auchenopteridae (Siluriformes, Pisces). Isso está estreitamente relacionado aos resultados das observações no campo e das investigações eletrofisiológicas realizadas no INPA, Manaus (agosto 1975 — fevereiro 1976). 1 O aparelho tamborilador nos Doradideos: Doras, Megalodoras (Bacu) e Oxydoras (Cuiú-Cuiú) consiste em uma mola óssea (Ramus Mülleri ou Springfeder), dos músculos tamboriladores e da exomembrana. Um ponto interessante destes gêneros é o fato da mola óssea e a exomembrana estarem firmemente ligados por um tendão muito forte Estas partes formam um sistema oscilatório composto. 2. Acanthodoras (Rabeca) e Trachycorystes (Cangati) não têm estes tendões entre a mola óssea e a exomembrana. 3. Os sons tamborilados de Doras e Oxydoras têm a freqüência fundamental de 60-90 Hz. Esta cota corresponde com a freqüência dos miogramas dos músculos tamboriladores durante a estimulação elétrica Um som tamborilado geralmente dura ca. 40-70 mseg 4. Os sons tamborilados de Acanthodoras (Rabeca) têm uma freqüência fundamental que pode exceder 250 Hz. Nas experiências eletrofisiológicas a freqüência dos miogramas não excede 170 Hz durante a estimulação elétrica. As durações dos sons tamborilados (ao serem segurados pela mão) correspondem às durações dos sons tamborilados causados sob estimulação elétrica da medula (100-200 mseg). 5 Os sons tamborilados de Trachycorystes (Cangati) têm a freqüência fundamental de mais ou menos 120 Hz que podem durar alguns segundos. |
---|