Tratamento de crescimento epitelial persistente pós-Lasik com debridamento mecânico, uso de álcool a 20% e cola de fibrina
RESUMO O Lasik é a técnica de cirurgia refrativa mais utilizada no mundo. Apesar de segura e efetiva, ela pode levar a algumas complicações. O crescimento epitelial pós-Lasik é uma complicação pós-operatória incomum, com prevalência maior em casos de retratamento. Geralmente, é um achado não progressivo e assintomático, que não requer tratamento, mas, em uma minoria de pacientes, os sintomas podem ser clinicamente significantes e variados. O tratamento é feito com debridamento mecânico do crescimento epitelial, mas alguns recursos adjuvantes também podem ser utilizados. O presente estudo consiste em um relato de caso de paciente com crescimento epitelial pós-Lasik que apresentou quatro recidivas após intervenções de debridamento epitelial, sutura de lamela corneana e ablação a laser. No quinto procedimento, o paciente foi finalmente tratado com combinação de debridamento epitelial, uso de álcool a 20% e cola de fibrina. Entretanto, a regressão do crescimento epitelial e a melhora da acuidade visual só ocorreram ao longo dos meses após a intervenção, o que mostra a importância de esperar um tempo para que ocorra a melhora da visão no pós-operatório, evitando-se reintervenções.
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Oftalmologia
2021
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802021000400503 |
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Summary: | RESUMO O Lasik é a técnica de cirurgia refrativa mais utilizada no mundo. Apesar de segura e efetiva, ela pode levar a algumas complicações. O crescimento epitelial pós-Lasik é uma complicação pós-operatória incomum, com prevalência maior em casos de retratamento. Geralmente, é um achado não progressivo e assintomático, que não requer tratamento, mas, em uma minoria de pacientes, os sintomas podem ser clinicamente significantes e variados. O tratamento é feito com debridamento mecânico do crescimento epitelial, mas alguns recursos adjuvantes também podem ser utilizados. O presente estudo consiste em um relato de caso de paciente com crescimento epitelial pós-Lasik que apresentou quatro recidivas após intervenções de debridamento epitelial, sutura de lamela corneana e ablação a laser. No quinto procedimento, o paciente foi finalmente tratado com combinação de debridamento epitelial, uso de álcool a 20% e cola de fibrina. Entretanto, a regressão do crescimento epitelial e a melhora da acuidade visual só ocorreram ao longo dos meses após a intervenção, o que mostra a importância de esperar um tempo para que ocorra a melhora da visão no pós-operatório, evitando-se reintervenções. |
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