Diabetes mellitus tipo 2: fatores preditivos na população nipo-brasileira

O objetivo deste estudo é identificar os principais preditores para o desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), em população com alta prevalência de DM, ou seja, a nipo-brasileira. Foram avaliados 314 indivíduos de origem japonesa em Bauru, SP, com 40 ou mais anos de idade, sem miscigenação, em 1993 e 2000. Os parâmetros avaliados, obtidos em 1993, foram sexo, idade, índice de massa corpórea (IMC), circunferência da cintura e do quadril, glicemia, insulina e pró-insulina de jejum e de 2hs após sobrecarga de glicose, HOMA (função das células b e resistência insulínica), perfil lipídico e pressão arterial. A homeostase glicêmica, avaliada em 2000, mostrou que os indivíduos com glicemia de jejum alterada ou tolerância à glicose diminuída apresentavam maiores chances de progressão ao DM2 (60 e 70%, respectivamente) do que os normais (19%). As principais variáveis envolvidas nessa progressão foram IMC, circunferência da cintura (apenas mulheres), pressão arterial sistólica, glicemia de jejum e de 2h e VLDL-colesterol. Esses resultados evidenciam o potencial existente para a redução da incidência de DM2 nessa população, pois esses fatores são passíveis de intervenção apenas com mudanças no estilo de vida.

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Bibliographic Details
Main Authors: Nascimento,Rogéria do, Franco,Laércio J., Gimeno,Suely G.A., Hirai,Amélia T., Ferreira,Sandra R.G.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia 2003
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302003000500013
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Summary:O objetivo deste estudo é identificar os principais preditores para o desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), em população com alta prevalência de DM, ou seja, a nipo-brasileira. Foram avaliados 314 indivíduos de origem japonesa em Bauru, SP, com 40 ou mais anos de idade, sem miscigenação, em 1993 e 2000. Os parâmetros avaliados, obtidos em 1993, foram sexo, idade, índice de massa corpórea (IMC), circunferência da cintura e do quadril, glicemia, insulina e pró-insulina de jejum e de 2hs após sobrecarga de glicose, HOMA (função das células b e resistência insulínica), perfil lipídico e pressão arterial. A homeostase glicêmica, avaliada em 2000, mostrou que os indivíduos com glicemia de jejum alterada ou tolerância à glicose diminuída apresentavam maiores chances de progressão ao DM2 (60 e 70%, respectivamente) do que os normais (19%). As principais variáveis envolvidas nessa progressão foram IMC, circunferência da cintura (apenas mulheres), pressão arterial sistólica, glicemia de jejum e de 2h e VLDL-colesterol. Esses resultados evidenciam o potencial existente para a redução da incidência de DM2 nessa população, pois esses fatores são passíveis de intervenção apenas com mudanças no estilo de vida.