Utilização da impedância bioelétrica para estimativa da massa muscular esquelética em homens idosos
O presente estudo tem como objetivos: a) verificar a concordância entre os métodos da impedância bioelétrica (BIA) e da absortometria radiológica de dupla energia (DEXA), para a estimativa da massa muscular esquelética (MME); b) analisar o poder preditivo das variáveis antropométricas e de BIA para predição da MME em idosos. Foram avaliados 60 homens idosos (61 a 80 anos), residentes na região Sul do Brasil. Mensuraram-se as variáveis antropométricas (massa corporal e estatura), as variáveis de resistência e hidratação dos tecidos livres de gordura foram medidas pela técnica da BIA tetrapolar (Biodinamics - BF-310), realizou-se também um scan de corpo inteiro através da DEXA (LUNAR PRODIGY DF + 14319 Radiation e software 7.52.002 DPX-L). A diferença entre os métodos foi verificada pelo teste t, análise dos resíduos e o coeficiente de correlação. O valor preditivo das variáveis antropométricas e de BIA foi verificado pela regressão Linear Múltipla. Observou-se que a BIA superestimou em média 0,6 kg (dp= 1,59) a MME, quando comparada com a DEXA, contudo não houve diferença estatística (p<0,05). Foi observada uma forte relação entre os métodos (r=0,90; p<0,01). A análise de regressão demonstrou que a variável EST²/R explica 86% da variação da MME, quando ajustada para massa corporal e idade e esta relação é independente das variáveis de gordura corporal, hidratação dos tecidos livres de gordura e IMC. Assim, nota-se que o método da BIA, aqui testado, é válido para a estimativa da MME em homens idosos e seus valores podem ser melhor preditos pelo modelo de regressão proposto a partir da medida de EST²/R ajustada para a massa corporal e idade.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedad Latinoamericana de Nutrición
2008
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Online Access: | http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-06222008000400010 |
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Summary: | O presente estudo tem como objetivos: a) verificar a concordância entre os métodos da impedância bioelétrica (BIA) e da absortometria radiológica de dupla energia (DEXA), para a estimativa da massa muscular esquelética (MME); b) analisar o poder preditivo das variáveis antropométricas e de BIA para predição da MME em idosos. Foram avaliados 60 homens idosos (61 a 80 anos), residentes na região Sul do Brasil. Mensuraram-se as variáveis antropométricas (massa corporal e estatura), as variáveis de resistência e hidratação dos tecidos livres de gordura foram medidas pela técnica da BIA tetrapolar (Biodinamics - BF-310), realizou-se também um scan de corpo inteiro através da DEXA (LUNAR PRODIGY DF + 14319 Radiation e software 7.52.002 DPX-L). A diferença entre os métodos foi verificada pelo teste t, análise dos resíduos e o coeficiente de correlação. O valor preditivo das variáveis antropométricas e de BIA foi verificado pela regressão Linear Múltipla. Observou-se que a BIA superestimou em média 0,6 kg (dp= 1,59) a MME, quando comparada com a DEXA, contudo não houve diferença estatística (p<0,05). Foi observada uma forte relação entre os métodos (r=0,90; p<0,01). A análise de regressão demonstrou que a variável EST²/R explica 86% da variação da MME, quando ajustada para massa corporal e idade e esta relação é independente das variáveis de gordura corporal, hidratação dos tecidos livres de gordura e IMC. Assim, nota-se que o método da BIA, aqui testado, é válido para a estimativa da MME em homens idosos e seus valores podem ser melhor preditos pelo modelo de regressão proposto a partir da medida de EST²/R ajustada para a massa corporal e idade. |
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