Potencialidades e limitações sociológicas da Região de Montanhas do Espírito Santo.

Na parte introdutória deste documento, procurou abordar de forma contextual algumas implicações de planos, programas e projetos voltados para o desenvolvimento territorial, pelo descaso ou negligência com as dimensões da sustentabilidade, fragmentando as interrelações entre causas e efeitos ecossistêmicos na região, e incongruências na intepretação do conceito mais amplo e aprofundado de IG, o que irão refletir na expressão das ações impositivas, diante da visão virtual e distorcida das realidades. Essas ações, quando são operacionalizadas, na esperança de obter-se benefícios exclusivamente econômicos, produzem resultados equivocados e contraditórios que potencializam a gênese de conflitos e rupturas entre sociedade e natureza. Apresenta-se, também, as instituições inicialmente envolvidas, desde do início e ao longo das reuniões, seminários, oficinas informativas para o nivelamento conceituais da IG, Denominação de Origem (DO), relacionados aos aspectos da cafeicultura de arábica nas Montanhas do estado. Relata breves informações sobre a dinâmica histórica da colonização do território das montanhas, enfatizando a imigração europeia, os transtornos negativos e seus impactos socioeconômicos sobre esses imigrantes e, finalmente, as questões que determinaram expansão e retração da cafeicultura capixaba. As abordagens gerais sobre o sistema produtivo contemporâneo do café arábica foram elaboradas conforme algumas das prescrições regulamentadas em acordos nacionais e internacionais do Brasil, principalmente, as declaradas nas Metas para o Brasil da AGENDA 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Em observância ao conceito de IG, categoria Denominação de Origem (DO) e com base nas tecnologias e inovações que concorrem para a produtividade das lavouras de café, já existentes, espera-se que as propostas de ações futuras sejam orientadas pelas demandas levantadas e priorizadas de forma participativa, envolvendo diretamente o protagonista, os cafeicultores. Sendo assim, desde da concepção, essas ações conterão argumentos técnicos e científicos procedentes das potencialidades e limitações dos ecossistemas e de suas inter-relações com os componentes dos sistemas naturais e humanos, na perspectiva de que resultados obtidos permitam estabelecer a distinção do produto do café e, ao mesmo tempo, promovam a sustentabilidade dos diversos sistemas produtivos da cafeicultura de arábica, originários do território das Montanhas do Espírito Santo.

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Bibliographic Details
Main Author: CASTRO, L. L. F. de.
Other Authors: Lucio Livio Froes de Castro, Incaper.
Format: Relatórios técnicos biblioteca
Language:pt_BR
Published: Espírito Santo: ACEMES: 2019. 2019
Subjects:Indicação Geografica, Regionalização, Desenvolvimento Sustentável,
Online Access:http://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/handle/item/4637
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Description
Summary:Na parte introdutória deste documento, procurou abordar de forma contextual algumas implicações de planos, programas e projetos voltados para o desenvolvimento territorial, pelo descaso ou negligência com as dimensões da sustentabilidade, fragmentando as interrelações entre causas e efeitos ecossistêmicos na região, e incongruências na intepretação do conceito mais amplo e aprofundado de IG, o que irão refletir na expressão das ações impositivas, diante da visão virtual e distorcida das realidades. Essas ações, quando são operacionalizadas, na esperança de obter-se benefícios exclusivamente econômicos, produzem resultados equivocados e contraditórios que potencializam a gênese de conflitos e rupturas entre sociedade e natureza. Apresenta-se, também, as instituições inicialmente envolvidas, desde do início e ao longo das reuniões, seminários, oficinas informativas para o nivelamento conceituais da IG, Denominação de Origem (DO), relacionados aos aspectos da cafeicultura de arábica nas Montanhas do estado. Relata breves informações sobre a dinâmica histórica da colonização do território das montanhas, enfatizando a imigração europeia, os transtornos negativos e seus impactos socioeconômicos sobre esses imigrantes e, finalmente, as questões que determinaram expansão e retração da cafeicultura capixaba. As abordagens gerais sobre o sistema produtivo contemporâneo do café arábica foram elaboradas conforme algumas das prescrições regulamentadas em acordos nacionais e internacionais do Brasil, principalmente, as declaradas nas Metas para o Brasil da AGENDA 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Em observância ao conceito de IG, categoria Denominação de Origem (DO) e com base nas tecnologias e inovações que concorrem para a produtividade das lavouras de café, já existentes, espera-se que as propostas de ações futuras sejam orientadas pelas demandas levantadas e priorizadas de forma participativa, envolvendo diretamente o protagonista, os cafeicultores. Sendo assim, desde da concepção, essas ações conterão argumentos técnicos e científicos procedentes das potencialidades e limitações dos ecossistemas e de suas inter-relações com os componentes dos sistemas naturais e humanos, na perspectiva de que resultados obtidos permitam estabelecer a distinção do produto do café e, ao mesmo tempo, promovam a sustentabilidade dos diversos sistemas produtivos da cafeicultura de arábica, originários do território das Montanhas do Espírito Santo.