"É sempre bom ter o nosso dinheirinho": sobre a autonomia da mulher no extrativismo da mangaba no Pará.

O artigo tem por objetivo analisar o trabalho da mulher no extrativismo da mangaba sob o foco da autonomia. Um estudo de caso foi realizado na localidade de Espírito Santo, município de Maracanã, estado do Pará. Os principais procedimentos metodológicos foram a observação e a realização de entrevistas abertas e semiestruturadas. Três aspectos centrais são analisados: a organização do trabalho da mulher (na casa e no campo), os arranjos para beneficiamento e venda e o usufruto da renda gerada pelo trabalho no extrativismo. Os resultados demonstram que a maioria das mulheres (66%) considera que tem autonomia na organização do trabalho e no uso da renda da venda dos frutos, o que contraria as pesquisas acadêmicas sobre a agricultura familiar em que o trabalho da mulher é, geralmente, subordinado ao do homem.

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Bibliographic Details
Main Authors: FERNANDES, T., MOTA, D. M.
Other Authors: Thiara Fernandes, Instituto Peabiru; DALVA MARIA DA MOTA, CPATU.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:pt_BR
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Published: 2014-10-20
Subjects:Extrativismo, Autonomia, Trabalho de mulher., Mangaba, Mulher Rural.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/997755
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Description
Summary:O artigo tem por objetivo analisar o trabalho da mulher no extrativismo da mangaba sob o foco da autonomia. Um estudo de caso foi realizado na localidade de Espírito Santo, município de Maracanã, estado do Pará. Os principais procedimentos metodológicos foram a observação e a realização de entrevistas abertas e semiestruturadas. Três aspectos centrais são analisados: a organização do trabalho da mulher (na casa e no campo), os arranjos para beneficiamento e venda e o usufruto da renda gerada pelo trabalho no extrativismo. Os resultados demonstram que a maioria das mulheres (66%) considera que tem autonomia na organização do trabalho e no uso da renda da venda dos frutos, o que contraria as pesquisas acadêmicas sobre a agricultura familiar em que o trabalho da mulher é, geralmente, subordinado ao do homem.