Manipueira e urina de vaca no manejo de mudas de aceroleira infestadas por Meloidogyne javanica.

A aceroleira (Malpighia emaginata) é cultivada comercialmente, na região Nordeste, onde concentra a maior parte da produção de nacional. Em levantamentos realizados nessa região, identificou-se o nematóide do gênero Meloidogyne (nematóide das galhas) como principal problema fitossanitário na cultura, devido à dificuldade de manejo (Ritzinger et al., 2007). O ataque desse nematóide caracteriza-se pela formação de nodulações nas raízes, denominadas ?galhas?. Os danos causados nas raízes, provocam o retardamento no crescimento das mudas até a morte precoce da planta e são, freqüentemente, confundidos com sintomas de deficiências nutricionais ou outras doenças na parte aérea da planta. Estratégias de manejo não químicas como a utilização de resíduos orgânicos e agro-industriais, a exemplo da manipueira (Franco, 1983; Ponte & Franco, 1981; Ponte, 1992), farelo de mamona (Ritzinger & McSorley, 1998; Ritzinger et al., 2008) e a manipueira, foram inicialmente testadas como ação nematicida em 1981. Desde então, tem sido confirmada sua ação fungicida, inseticida, herbicida e até mesmo como adubo foliar por propiciar um melhor desenvolvimento das plantas (Ponte, 1981; Franco, 1983; Ponte, 1992). A urina pode constituir alternativa natural a agrotóxicos e/ou adubos químicos utilizados na agricultura, devido sua composição por substâncias que, reunidas, melhoram a saúde das plantas, tornando-as mais resistentes às pragas e doenças (PESAGRO-RIO, 1992). Desta forma, este trabalho teve o objetivo de avaliar e identificar dosagens nematicidas e/ou fertilizantes dos resíduos agro-industriais, manipueira e urina de vaca, em mudas de aceroleira infestadas pelo nematóide das galhas.

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Bibliographic Details
Main Authors: VIEIRA, R. S., RITZINGER, C. H. S. P., RITZINGER, R., LUQUINE, L. S., SANTOS, J. F. dos, CRUZ, E. S. da, LEDO, C. A. da S.
Other Authors: Rosiane Silva Vieira, UFRB; CECILIA HELENA S PRATA RITZINGER, CNPMF; ROGERIO RITZINGER, CNPMF; Liliane Santana Luquine, UFRB; Juliana Fernandes dos Santos, UFRB; Elaine Silva da Cruz, UFRB; CARLOS ALBERTO DA SILVA LEDO, CNPMF.
Format: Parte de livro biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2011-01-18
Subjects:Acerola, Reprodução Vegetal., Meloidogyne.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/873445
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Description
Summary:A aceroleira (Malpighia emaginata) é cultivada comercialmente, na região Nordeste, onde concentra a maior parte da produção de nacional. Em levantamentos realizados nessa região, identificou-se o nematóide do gênero Meloidogyne (nematóide das galhas) como principal problema fitossanitário na cultura, devido à dificuldade de manejo (Ritzinger et al., 2007). O ataque desse nematóide caracteriza-se pela formação de nodulações nas raízes, denominadas ?galhas?. Os danos causados nas raízes, provocam o retardamento no crescimento das mudas até a morte precoce da planta e são, freqüentemente, confundidos com sintomas de deficiências nutricionais ou outras doenças na parte aérea da planta. Estratégias de manejo não químicas como a utilização de resíduos orgânicos e agro-industriais, a exemplo da manipueira (Franco, 1983; Ponte & Franco, 1981; Ponte, 1992), farelo de mamona (Ritzinger & McSorley, 1998; Ritzinger et al., 2008) e a manipueira, foram inicialmente testadas como ação nematicida em 1981. Desde então, tem sido confirmada sua ação fungicida, inseticida, herbicida e até mesmo como adubo foliar por propiciar um melhor desenvolvimento das plantas (Ponte, 1981; Franco, 1983; Ponte, 1992). A urina pode constituir alternativa natural a agrotóxicos e/ou adubos químicos utilizados na agricultura, devido sua composição por substâncias que, reunidas, melhoram a saúde das plantas, tornando-as mais resistentes às pragas e doenças (PESAGRO-RIO, 1992). Desta forma, este trabalho teve o objetivo de avaliar e identificar dosagens nematicidas e/ou fertilizantes dos resíduos agro-industriais, manipueira e urina de vaca, em mudas de aceroleira infestadas pelo nematóide das galhas.