Estratégias voltadas ao planejamento da restauração florestal para o domínio da Mata Atlântica.

Tendo em vista o intenso processo de degradação e fragmentação sofrido pelos diversos ecossistemas inseridos no Bioma Mata Atlântica, cabe o planejamento em grande escala para a restauração dessas áreas. O trabalho teve por objetivo avaliar e discutir as possíveis estratégias de planejamento para um programa de restauração florestal para todo o Domínio da Mata Atlântica. Essa restauração deve ser pensada levando-se em conta a grande heterogeneidade ambiental presente, composta por elementos ecológicos, sócio-econômicos, políticos e culturais. Um programa de restauração deve estar voltado à restauração da paisagem (pensando-se nos aspectos de conectividade), à reintrodução/incorporação do elemento arbóreo/florestal nas propriedades ou na paisagem rural, à conservação da biodiversidade, ao atendimento à legislação e também à criação ou incorporação de sistemas de produção com base florestal e/ou agroflorestal aliada à conservação ambiental. Para o planejamento de um programa voltado para todo o bioma, é necessário o desenvolvimento das seguintes etapas: diagnóstico da paisagem, incluindo a descrição dos diferentes elementos estruturais (florestas e outras fisionomias vegetacionais remanescentes, culturas agrícolas, áreas urbanas, etc), a avaliação de suas proporções (na escala considerada para análise) e de suas características. A avaliação para priorização de áreas para restauração, deve levar em conta a obrigatoriedade legal, existência de áreas de interesse social, relevância ecológica das áreas analisadas, e a escala (regiões, estados, bacias hidrográficas, microbacias e propriedades rurais). Além disso, entre as estratégias voltadas à efetividade de um programa de restauração florestal está a geração de modelos de restauração florestal mais atrativos aos proprietários rurais. (The Nature Conservancy do Brasil).

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Bibliographic Details
Main Authors: OLIVEIRA, R. E. de, SANTOS, J. D. dos, MAZZELA, P. R., CAMILO, D. R., VEDOVETO, M., CARVALHAES, M. A., KORMAN, V.
Other Authors: RENATA EVANGELISTA DE OLIVEIRA, ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ; JOÃO DAGOBERTO DOS SANTOS, ESCOLA SUPERIOR DE AGICULTURA LUIZ DE QUEIROZ; PAOLA REZENDE MAZZELA, ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ; DÉBORA ROMANO CAMILO, ESCOLA SUPERIOR DE ARICULTURA LUIZ DE QUEIROZ; MARIANA VEDOVETO, ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ; MARIANA APARECIDA CARVALHAES, CPAMN; VÂNIA KORMAN, SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DE FRANCA.
Format: Parte de livro biblioteca
Language:por
Published: 2008-03-18
Subjects:Vegetação, Mata, Planejamento Florestal, Planning, Forest restoration, Foresters,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/69663
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Summary:Tendo em vista o intenso processo de degradação e fragmentação sofrido pelos diversos ecossistemas inseridos no Bioma Mata Atlântica, cabe o planejamento em grande escala para a restauração dessas áreas. O trabalho teve por objetivo avaliar e discutir as possíveis estratégias de planejamento para um programa de restauração florestal para todo o Domínio da Mata Atlântica. Essa restauração deve ser pensada levando-se em conta a grande heterogeneidade ambiental presente, composta por elementos ecológicos, sócio-econômicos, políticos e culturais. Um programa de restauração deve estar voltado à restauração da paisagem (pensando-se nos aspectos de conectividade), à reintrodução/incorporação do elemento arbóreo/florestal nas propriedades ou na paisagem rural, à conservação da biodiversidade, ao atendimento à legislação e também à criação ou incorporação de sistemas de produção com base florestal e/ou agroflorestal aliada à conservação ambiental. Para o planejamento de um programa voltado para todo o bioma, é necessário o desenvolvimento das seguintes etapas: diagnóstico da paisagem, incluindo a descrição dos diferentes elementos estruturais (florestas e outras fisionomias vegetacionais remanescentes, culturas agrícolas, áreas urbanas, etc), a avaliação de suas proporções (na escala considerada para análise) e de suas características. A avaliação para priorização de áreas para restauração, deve levar em conta a obrigatoriedade legal, existência de áreas de interesse social, relevância ecológica das áreas analisadas, e a escala (regiões, estados, bacias hidrográficas, microbacias e propriedades rurais). Além disso, entre as estratégias voltadas à efetividade de um programa de restauração florestal está a geração de modelos de restauração florestal mais atrativos aos proprietários rurais. (The Nature Conservancy do Brasil).