Avaliação da toxicidade do lodo de esgoto de duas estações de tratamento para o invertebrado aquático Daphnia similis.
No presente trabalho avaliou-se o efeito adverso de amostras de lodo, oriundas das estações de tratamento de efluentes das cidades de Franca (SP) e Barueri (SP), sobre o microcrustáceo de água doce Daphnia similis. Valores de mais de 90,0% de imobilidade dos organismos foram registrados durante os 14 dias de exposição a concentrações de lodo de 2 ou 10 g .L-1 (peso úmido), enquanto que nos controles a imobilidade variou entre 3,1 e 21,8%. Esse efeito tóxico, constatado para o material de ambas as estações de tratamento, parece não estar associado com alterações de pH, condutividade ou oxigênio dissolvido. Maior toxicidade foi observada para o material de Barueri, cujo efeito se manifestou em menor tempo de exposição. Resultados de experimentos de exposição em curto prazo com esse lodo demostraram que a presença de componentes orgânicos no extrato acetônico deve ser em grande parte responsável pela toxicidade do material-teste (como demonstrado pelo resíduo dessa extração). Os resultados indicaram que o uso dos dois lodos testados para fins agrícolas, nas taxas de aplicação agronômica recomendadas ou superiores a essas, constitui algum risco para os sistemas aquáticos adjacentes.
Main Authors: | , |
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Other Authors: | |
Format: | Separatas biblioteca |
Language: | pt_BR por |
Published: |
2008-12-23
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Subjects: | Lodo de esgoto, Toxicidade, |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/15618 |
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Summary: | No presente trabalho avaliou-se o efeito adverso de amostras de lodo, oriundas das estações de tratamento de efluentes das cidades de Franca (SP) e Barueri (SP), sobre o microcrustáceo de água doce Daphnia similis. Valores de mais de 90,0% de imobilidade dos organismos foram registrados durante os 14 dias de exposição a concentrações de lodo de 2 ou 10 g .L-1 (peso úmido), enquanto que nos controles a imobilidade variou entre 3,1 e 21,8%. Esse efeito tóxico, constatado para o material de ambas as estações de tratamento, parece não estar associado com alterações de pH, condutividade ou oxigênio dissolvido. Maior toxicidade foi observada para o material de Barueri, cujo efeito se manifestou em menor tempo de exposição. Resultados de experimentos de exposição em curto prazo com esse lodo demostraram que a presença de componentes orgânicos no extrato acetônico deve ser em grande parte responsável pela toxicidade do material-teste (como demonstrado pelo resíduo dessa extração). Os resultados indicaram que o uso dos dois lodos testados para fins agrícolas, nas taxas de aplicação agronômica recomendadas ou superiores a essas, constitui algum risco para os sistemas aquáticos adjacentes. |
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