Monitoramento de resistência de capim-amargoso a herbicidas no estado de Mato Grosso.

O capim-amargoso vem se disseminando amplamente no estado de Mato Grosso e, considerando-se os problemas com resistência da espécie a herbicidas no sul do Brasil, neste trabalho objetivou-se identificar possíveis biótipos de capim-amargoso com resistência a herbicidas em Mato Grosso. As coletas ocorreram na região Centro-Sul (2), Norte (90), Sudeste (9) e Sudoeste (7). Os ensaios foram conduzidos em casa de vegetação com delineamento inteiramente casualizado e 8 repetições. Para cada biótipo foram avaliados os herbicidas clethodim (108 g ha-1 + 0,5% v/v óleo mineral, C), fenoxaprop (110 g ha-1, F), glyphosate (1440 g e.a. ha-1, G) e haloxyfop (54 g ha-1 + 0,5% v/v óleo mineral, H) e uma testemunha sem herbicidas. Avaliou-se o controle (%) aos 28 dias após a aplicação, classificando-se os biótipo com níveis de resistência: suscetível (> 50% das plantas com controle > 85%), intermediária (> 50% das plantas com controle >= 60% e <= 85%) ou resistente (> 50% das plantas com controle < 60%). Em seguida, os biótipos foram mapeados segundo a sua classificação no programa QGis. Na região Centro-Sul os dois biótipos foram suscetíveis a todos os herbicidas, enquanto na região Norte, 62 biótipos foram suscetíveis a todos os herbicidas, 6 foram resistentes ao H, 3 foram intermediários ao G, 3 foram intermediários ao glyphosate e resistentes ao haloxyfop e 16 foram resistentes ao glyphosate. Na região Sudeste apenas um biótipo foi resistente ao glyphosate e, na região Sudoeste, 5 biótipos foram resistentes ao glyphosate e 2 foram suscetíveis a todos os herbicidas. Na região Norte, Sudeste e Sudoeste, 31%, 11% e 71% dos biótipos, respectivamente, apresentam potencial de resistência a algum herbicida, enquanto na região Centro Sul isso não se obseva.

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Bibliographic Details
Main Authors: WOIAND, H. M. G., IKEDA, F. S., PRADO, R., SILVA, A. de J., CANEZIN, A. C. O., SANCHEZ, F. B., CAVALIERI, S. D.
Other Authors: HELEN MAILA GABE WOIAND, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; FERNANDA SATIE IKEDA, CPAMT; RAFAEL PRADO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; ALEIXA DE JESUS SILVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; ANA CLÁUDIA OLIVEIRA CANEZIN, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; FERNANDO BRENTEL SANCHEZ, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; SIDNEI DOUGLAS CAVALIERI, CNPA.
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: 2023-03-02
Subjects:Digitaria insularis, Inibidor de ACCase, Resistência, Herbicida, Capim, Glyphosate,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1152070
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Summary:O capim-amargoso vem se disseminando amplamente no estado de Mato Grosso e, considerando-se os problemas com resistência da espécie a herbicidas no sul do Brasil, neste trabalho objetivou-se identificar possíveis biótipos de capim-amargoso com resistência a herbicidas em Mato Grosso. As coletas ocorreram na região Centro-Sul (2), Norte (90), Sudeste (9) e Sudoeste (7). Os ensaios foram conduzidos em casa de vegetação com delineamento inteiramente casualizado e 8 repetições. Para cada biótipo foram avaliados os herbicidas clethodim (108 g ha-1 + 0,5% v/v óleo mineral, C), fenoxaprop (110 g ha-1, F), glyphosate (1440 g e.a. ha-1, G) e haloxyfop (54 g ha-1 + 0,5% v/v óleo mineral, H) e uma testemunha sem herbicidas. Avaliou-se o controle (%) aos 28 dias após a aplicação, classificando-se os biótipo com níveis de resistência: suscetível (> 50% das plantas com controle > 85%), intermediária (> 50% das plantas com controle >= 60% e <= 85%) ou resistente (> 50% das plantas com controle < 60%). Em seguida, os biótipos foram mapeados segundo a sua classificação no programa QGis. Na região Centro-Sul os dois biótipos foram suscetíveis a todos os herbicidas, enquanto na região Norte, 62 biótipos foram suscetíveis a todos os herbicidas, 6 foram resistentes ao H, 3 foram intermediários ao G, 3 foram intermediários ao glyphosate e resistentes ao haloxyfop e 16 foram resistentes ao glyphosate. Na região Sudeste apenas um biótipo foi resistente ao glyphosate e, na região Sudoeste, 5 biótipos foram resistentes ao glyphosate e 2 foram suscetíveis a todos os herbicidas. Na região Norte, Sudeste e Sudoeste, 31%, 11% e 71% dos biótipos, respectivamente, apresentam potencial de resistência a algum herbicida, enquanto na região Centro Sul isso não se obseva.