Controle de algodoeiro cv. FM 985 GLTP oriundo de sementes deslintadas e com línter com herbicidas registrados para a cultura da soja em pré-emergência.

Visto a necessidade do uso de herbicidas em pré-emergência para controle de algodoeiro voluntário resistente ao glyphosate em soja RR, objetivou-se investigar a viabilidade de pesquisas com sementes deslintadas comerciais em vez de sementes com línter da cultivar FM 985 GLTP coletadas no campo após a colheita. Para tanto, conduziu-se um experimento fatorial (4x2) em casa de vegetação com delineamento inteiramente casualizado e quatro repetições, sendo o Fator A composto por três tratamentos herbicidas (g ha-1 ): [imazethapyr+flumioxazin] ([100+50]), metribuzin (384) e sulfentrazone (175) aplicados em pré-emergência, e uma testemunha sem aplicação; e o Fator B pela presença ou ausência de línter nas sementes. As parcelas foram constituídas por vasos de 5,5 L com seis sementes cada, preenchidos com solo argiloso (46% de argila, 2,3% de M.O. e pH em água de 5,5). As variáveis analisadas compreenderam o número de plantas por parcela e o controle visual (0 a 100%) aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA), além da massa seca de parte aérea (MS) aos 28 DAA. Os dados foram convertidos para porcentagem em relação à testemunha e submetidos à análise de variância seguido pelo teste Tukey (p<0,05). Houve apenas efeito isolado do Fator A para a variável número de plantas, com a morte quase total delas aos 14 DAA pelo metribuzin. Em relação ao controle, o [imazethapyr+flumioxazin] foi, em média, o melhor tratamento comparado aos demais aos 7 DAA. Entretanto, aos 28 DAA, o metribuzin proporcionou 100% de controle das plantas nas duas condições de línter nas sementes. Nessa mesma avaliação, o controle do algodoeiro pelo sulfentrazone foi significativamente reduzido pela presença de línter nas sementes comparado às sementes deslintadas, refletindo em plantas com MS estatisticamente maior. Conclui-se que estudos de controle de algodoeiro voluntário cv. FM 985 GLTP com o sulfentrazone não devem ser realizados com sementes deslintadas, pois o línter interfere na ação do herbicida.

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Bibliographic Details
Main Authors: MARCON, E. F., CAVALIERI, S. D., IKEDA, F. S., CANEZIN, A. C. O., LUDWIG, T. D., WOIAND, H. M. G., PRADO, R.
Other Authors: EDUARDA FERRAZ MARCON, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; SIDNEI DOUGLAS CAVALIERI, CNPA; FERNANDA SATIE IKEDA, CPAMT; ANA CLAUDIA OLIVEIRA CANEZIN, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; THIAGO DEOMAR LUDWIG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; HELEN MAILA GABE WOIAND, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; RAFAEL PRADO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO.
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: 2023-03-02
Subjects:FM 985 GLTP, Gossypium hirsutum L r latifolium, Tiguera, Gossypium Hirsutum, Metribuzin, Algodão, Línter, Herbicida, Soja, Pré-Emergência, Imazethapyr, Flumioxazin, Sulfentrazone,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1152063
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Description
Summary:Visto a necessidade do uso de herbicidas em pré-emergência para controle de algodoeiro voluntário resistente ao glyphosate em soja RR, objetivou-se investigar a viabilidade de pesquisas com sementes deslintadas comerciais em vez de sementes com línter da cultivar FM 985 GLTP coletadas no campo após a colheita. Para tanto, conduziu-se um experimento fatorial (4x2) em casa de vegetação com delineamento inteiramente casualizado e quatro repetições, sendo o Fator A composto por três tratamentos herbicidas (g ha-1 ): [imazethapyr+flumioxazin] ([100+50]), metribuzin (384) e sulfentrazone (175) aplicados em pré-emergência, e uma testemunha sem aplicação; e o Fator B pela presença ou ausência de línter nas sementes. As parcelas foram constituídas por vasos de 5,5 L com seis sementes cada, preenchidos com solo argiloso (46% de argila, 2,3% de M.O. e pH em água de 5,5). As variáveis analisadas compreenderam o número de plantas por parcela e o controle visual (0 a 100%) aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA), além da massa seca de parte aérea (MS) aos 28 DAA. Os dados foram convertidos para porcentagem em relação à testemunha e submetidos à análise de variância seguido pelo teste Tukey (p<0,05). Houve apenas efeito isolado do Fator A para a variável número de plantas, com a morte quase total delas aos 14 DAA pelo metribuzin. Em relação ao controle, o [imazethapyr+flumioxazin] foi, em média, o melhor tratamento comparado aos demais aos 7 DAA. Entretanto, aos 28 DAA, o metribuzin proporcionou 100% de controle das plantas nas duas condições de línter nas sementes. Nessa mesma avaliação, o controle do algodoeiro pelo sulfentrazone foi significativamente reduzido pela presença de línter nas sementes comparado às sementes deslintadas, refletindo em plantas com MS estatisticamente maior. Conclui-se que estudos de controle de algodoeiro voluntário cv. FM 985 GLTP com o sulfentrazone não devem ser realizados com sementes deslintadas, pois o línter interfere na ação do herbicida.