Modelagem espectral para determinação de fluxo de CO2 em áreas de caatinga preservada e em regeneração.

Há uma grande necessidade no desenvolvimento de sistemas mais eficazes para o monitoramento da dinâmica do carbono atmosférico, para que haja uma melhor compreensão das interações entre a biosfera e a atmosfera. No entanto, é fundamental que essas tecnologias possuam alta cobertura e um baixo custo. Na vegetação, o processo de geração de biomassa por meio da fotossíntese é um fator determinante na forma como uma área vegetada irá aparecer radiometricamente nas imagens de satélite, portanto, o sensoriamento remoto vem a ser uma alternativa para o monitoramento dessa dinâmica, por ter uma alta cobertura e possuir um baixo custo. O objetivo deste trabalho é analisar, por meio de sensoriamento remoto multiespectral, a dinâmica dos fluxos de CO2 no Bioma Caatinga, verificando o potencial das imagens multiespectrais na detecção dos fluxos de CO2 em áreas de Caatinga preservada e em estado de regeneração. O estudo foi desenvolvido em áreas de Caatinga no município de Petrolina-PE e Araripina-PE, áreas monitoradas por estações micrometeorológicas. A metodologia adotada foi a partir da modelagem do Índice de Sequestro Florestal de Carbono (CO2flux) que mede a eficiência do processo de sequestro de carbono pela vegetação, e que propõe a integração do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) com o Índice de Reflectância Fotoquímica (PRI). Foram utilizadas, para a base de dados, 22 cenas multiespectrais do sensor OLI (Landsat-8) juntamente com dados meteorológicos medidos em campo, a fim de verificar a relação entre as variáveis analisadas. Os resultados mostraram que a vegetação da Caatinga tem variações sazonais nos fluxos de CO2 nas regiões com diferentes tipos de vegetação. O índice CO2flux pode ser aplicado para a determinação os fluxos de CO2, apresentando melhores ajustes quando os dados de CO2 são comparados utilizando a leitura de 1 pixel na imagem, mostrando ser mais eficiente em relação a analise com as áreas de influência (footprint) em relação aos pontos amostrais, no entanto, os dados de footprint apresentaram também correlações significativas. Portanto, baseado nos modelos espectrais de vegetação foi possível determinar a dinâmica dos fluxos de CO2 em áreas de Caatinga preservada e em estado de regeneração utilizando dados extraídos de sensores multiespectrais.

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Bibliographic Details
Main Author: SANTOS, C. V. B. dos
Other Authors: CLOVES VILAS BOAS DOS SANTOS, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA.
Format: Teses biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2018-03-09
Subjects:Bioma Caatinga, Sensoriamento Remoto multiespectral, Caatinga biome, Multispectral Remote Sensing., Carbon Fluxes, Fluxo de carbono, Caatinga, Sensoriamento remoto.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1088909
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Description
Summary:Há uma grande necessidade no desenvolvimento de sistemas mais eficazes para o monitoramento da dinâmica do carbono atmosférico, para que haja uma melhor compreensão das interações entre a biosfera e a atmosfera. No entanto, é fundamental que essas tecnologias possuam alta cobertura e um baixo custo. Na vegetação, o processo de geração de biomassa por meio da fotossíntese é um fator determinante na forma como uma área vegetada irá aparecer radiometricamente nas imagens de satélite, portanto, o sensoriamento remoto vem a ser uma alternativa para o monitoramento dessa dinâmica, por ter uma alta cobertura e possuir um baixo custo. O objetivo deste trabalho é analisar, por meio de sensoriamento remoto multiespectral, a dinâmica dos fluxos de CO2 no Bioma Caatinga, verificando o potencial das imagens multiespectrais na detecção dos fluxos de CO2 em áreas de Caatinga preservada e em estado de regeneração. O estudo foi desenvolvido em áreas de Caatinga no município de Petrolina-PE e Araripina-PE, áreas monitoradas por estações micrometeorológicas. A metodologia adotada foi a partir da modelagem do Índice de Sequestro Florestal de Carbono (CO2flux) que mede a eficiência do processo de sequestro de carbono pela vegetação, e que propõe a integração do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) com o Índice de Reflectância Fotoquímica (PRI). Foram utilizadas, para a base de dados, 22 cenas multiespectrais do sensor OLI (Landsat-8) juntamente com dados meteorológicos medidos em campo, a fim de verificar a relação entre as variáveis analisadas. Os resultados mostraram que a vegetação da Caatinga tem variações sazonais nos fluxos de CO2 nas regiões com diferentes tipos de vegetação. O índice CO2flux pode ser aplicado para a determinação os fluxos de CO2, apresentando melhores ajustes quando os dados de CO2 são comparados utilizando a leitura de 1 pixel na imagem, mostrando ser mais eficiente em relação a analise com as áreas de influência (footprint) em relação aos pontos amostrais, no entanto, os dados de footprint apresentaram também correlações significativas. Portanto, baseado nos modelos espectrais de vegetação foi possível determinar a dinâmica dos fluxos de CO2 em áreas de Caatinga preservada e em estado de regeneração utilizando dados extraídos de sensores multiespectrais.