Tempo de trânsito oral e lateralidade da lesão cerebral no acidente vascular encefálico

RESUMO Introdução O tempo de trânsito orofaríngeo se modifica de acordo com inúmeras variáveis. Objetivo Comparar o tempo de trânsito oral total (TTOT) e a lateralidade da lesão cerebral no indivíduo após acidente vascular encefálico (AVE), com disfagia orofaríngea. Métodos Foram analisados 61 exames de videofluoroscopia da deglutição de indivíduos pós-AVE hemisférico unilateral e isquêmico. Os participantes foram divididos em dois grupos: O Grupo 1 (G1) foi composto de 30 indivíduos com lesão cortical direita e o Grupo 2 (G2), de 31 indivíduos com lesão cortical esquerda. A análise quantitativa do TTOT foi feita por dois juízes treinados no procedimento, por meio de software específico e foi realizada a análise da confiabilidade entre julgadores. Para a análise dos resultados, utilizou-se o teste Mann-Whitney. Resultados Verificou-se que, no G1, o TTOT foi maior que 2000 ms em 50% dos indivíduos e, no G2, em 94% dos indivíduos, ocorrendo diferença estatística significativa entre os grupos (p<0,01). Na comparação entre G1 e G2, para o TTOT, observou-se diferença estatística significativa (p=0,001). Entretanto, não houve diferença estatística significativa na comparação do G1 e G2, tanto para o TTOT menor que 2000 ms (p=1,000), como para o TTOT maior que 2000 ms (p=0,603). Contudo, verificou-se que, no G2, a média do TTOT maior que 2000 ms foi superior, quando comparada ao G1. Conclusão Houve tempo de trânsito oral total maior e menor que 2000 ms, em ambos os hemisférios corticais lesionados. A frequência de indivíduos com tempo de trânsito oral total maior que 2000 ms, bem como a média desse tempo, foram maiores na lesão cortical à esquerda no AVE.

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Main Authors: Alves,Thaís Coelho, Santos,Rarissa Rúbia Dallaqua dos, Cola,Paula Cristina, Jorge,Adriana Gomes, Gatto,Ana Rita, Silva,Roberta Gonçalves da
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Academia Brasileira de Audiologia 2017
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-64312017000100338
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spelling oai:scielo:S2317-643120170001003382018-02-15Tempo de trânsito oral e lateralidade da lesão cerebral no acidente vascular encefálicoAlves,Thaís CoelhoSantos,Rarissa Rúbia Dallaqua dosCola,Paula CristinaJorge,Adriana GomesGatto,Ana RitaSilva,Roberta Gonçalves da Deglutição Transtornos de deglutição Acidente vascular cerebral Software Análise quantitativa RESUMO Introdução O tempo de trânsito orofaríngeo se modifica de acordo com inúmeras variáveis. Objetivo Comparar o tempo de trânsito oral total (TTOT) e a lateralidade da lesão cerebral no indivíduo após acidente vascular encefálico (AVE), com disfagia orofaríngea. Métodos Foram analisados 61 exames de videofluoroscopia da deglutição de indivíduos pós-AVE hemisférico unilateral e isquêmico. Os participantes foram divididos em dois grupos: O Grupo 1 (G1) foi composto de 30 indivíduos com lesão cortical direita e o Grupo 2 (G2), de 31 indivíduos com lesão cortical esquerda. A análise quantitativa do TTOT foi feita por dois juízes treinados no procedimento, por meio de software específico e foi realizada a análise da confiabilidade entre julgadores. Para a análise dos resultados, utilizou-se o teste Mann-Whitney. Resultados Verificou-se que, no G1, o TTOT foi maior que 2000 ms em 50% dos indivíduos e, no G2, em 94% dos indivíduos, ocorrendo diferença estatística significativa entre os grupos (p<0,01). Na comparação entre G1 e G2, para o TTOT, observou-se diferença estatística significativa (p=0,001). Entretanto, não houve diferença estatística significativa na comparação do G1 e G2, tanto para o TTOT menor que 2000 ms (p=1,000), como para o TTOT maior que 2000 ms (p=0,603). Contudo, verificou-se que, no G2, a média do TTOT maior que 2000 ms foi superior, quando comparada ao G1. Conclusão Houve tempo de trânsito oral total maior e menor que 2000 ms, em ambos os hemisférios corticais lesionados. A frequência de indivíduos com tempo de trânsito oral total maior que 2000 ms, bem como a média desse tempo, foram maiores na lesão cortical à esquerda no AVE.info:eu-repo/semantics/openAccessAcademia Brasileira de AudiologiaAudiology - Communication Research v.22 20172017-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-64312017000100338pt10.1590/2317-6431-2016-1794
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