Género e sexualidade: O atraso da revolução e a influência radical
Resumo A revolução iniciada em abril de 1974 não garantiu automaticamente a igualdade de género e a não discriminação face à orientação sexual. Estas foram questões em que o tempo da revolução não coincidiu com as alterações legais e sociais que se prolongaram nas décadas seguintes. Mesmo com a participação de mulheres no processo revolucionário nos seus diferentes contextos, a ancestral subalternidade de género imposta pelo patriarcado permaneceu após a revolução e justificou a existência de um significativo movimento de mulheres e, posteriormente, um movimento LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero e Intersexo). A articulação entre os dois movimentos, a partir do final dos anos 1990, em ações partilhadas em torno da exigência da descriminalização do aborto, torna evidente as problemáticas e respostas comuns. Neste artigo procura-se ilustrar a decisiva influência de uma componente radical em ambos os movimentos a partir de 1974.
Main Author: | Louçã,João Carlos |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Arquivo Municipal de Lisboa / Câmara Municipal de Lisboa
2024
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762024000100305 |
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